Queda de galho de árvore exige novas ações da SQA na Praça

      Técnicos da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) realizam estudo minucioso das condições fitossanitárias da Canafístula (Peltophorum dibium), localizada na praça Coronel Pedro Osório esquina rua Princesa Isabel. Um dos seus principais galhos cedeu na tarde desta quinta-feira (3), interrompendo um dos passeios daquela área pública. Não houve atingidos. A área foi imediatamente interditada, o galho foi cortado e removido, e o local recebeu a limpeza necessária.

Foto: Divulgação

      O titular da SQA, Felipe Perez Fernandez, aguarda laudos técnicos para o decorrer da semana que vem. O galho da árvore centenária, de grande porte, pode ter cedido devido ao peso. No entanto, somente a análise criteriosa de especialistas, que começa a ser construída nesta sexta-feira (4), poderá indicar o motivo da queda.

“Além de apurar as razões que levaram o galho a ceder, os pareceres também vão aconselhar as medidas a serem adotadas, indicando se será necessária a poda de contenção, para promover o equilíbrio da árvore, ou outra intervenção”, afirma o secretário.

SQA tem autonomia conferida pelo Compam

      Com base em alertas sobre riscos e orientações para supressão ou podas de vários tipos, a SQA realizou, no mês de abril, diversas ações na praça Coronel Pedro Osório.

      Sete árvores que compunham a flora da praça foram suprimidas por medida de segurança. Trata-se de três exemplares de extremosa, um jacarandá, uma aroeira vermelha, um ingá e uma figueira nativa – todas em deterioração avançada e apresentando riscos.

      Os procedimentos adotados pela SQA têm base em duas fundamentações. A primeira refere-se à autonomia que foi conferida à Secretaria, a partir de agosto de 2010, pelo Conselho Municipal de Proteção Ambiental (Compam), para que essa decida sobre a remoção de espécies nativas. A segunda, a pareceres e laudos profissionais de técnicos agrícolas credenciados.

      A supressão das sete árvores estava previamente autorizada. Entre todas com laudos destinados à retirada, o Ingá banana (Inga edulis), para o qual era indicada a poda drástica, também teve de ser removido, após constatado o estado fitossanitário comprometido e a falta de resposta às amarrações feitas há alguns anos com cabos de aço.

      O jacarandá (Jacaranda mimosifolia), apontado para supressão, contava com grandes lesões no tronco, que comprometiam totalmente o exemplar, com risco de queda em razão da frágil estrutura da base da árvore.

Foto: Divulgação

      Vistoria técnica constatou que a figueira nativa (Ficus luschnathiana), que se encontrava dentro do tronco do jacarandá e seria transplantada, apresentava seu sistema radicular apodrecido e a copa com acentuada inclinação. Por isso, também passou por supressão.

      Entre os exemplares indicados pela vistoria de técnicos agrícolas, a aroeira vermelha (Schinus terebinthifolius), próxima ao quiosque da Guarda Municipal (GM), que já estava morta, e três extremosas (Lagerstroemia sp) em estado avançado de deterioração foram suprimidas.

Prevenção e zelo pela segurança

      Os procedimentos realizados na praça Coronel Pedro Osório foram adotados como prevenção e zelo pela segurança de pedestres, após a queda de uma timbaúva (Enterolobium contortisiliquum) de grande porte, durante a noite do dia 5 e madrugada do dia 6 de abril.

      A árvore, com idade estimada em cerca de dois séculos, que data da origem da praça, continha lesões necrosadas, estado fitossanitário deteriorado, fungos que se alimentam de matéria morta e várias mudas de figueiras enraizadas no tronco. Há alguns anos, o exemplar recebeu intervenção denominada dendrocirurgia e amarras com cabos de aço, que acabaram oxidando. As providências apenas protelaram a permanência no local, mas não evitaram que caísse.