Programa qualifica moradores desempregados da Z-3
Através de uma parceria entre a Prefeitura, Núcleo de Atenção à Criança e ao Adolescente (Naca) e Governo do Estado, o Programa Frentes Emergenciais de Trabalho, com o projeto “O Futuro é Hoje”, formou a primeira turma de 40 trabalhadores desempregados moradores da Colônia Z-3. A confraternização do grupo ocorreu na terça-feira (16) à tarde.
O programa, desenvolvido pelo Naca, teve o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SDE) que fez a intermediação entre o Estado, o Núcleo e o Sindicato dos Pescadores, com o propósito de qualificar profissionalmente os trabalhadores daquela comunidade.
Dentro dos seis meses de capacitação foram desenvolvidas técnicas de processamento com camarão, siri, atum e peixes que vão proporcionar um trabalho mais profissional: a industrialização dos frutos do mar e não apenas a comercialização in natura. Além de promover o aperfeiçoamento, o projeto destacou-se também por desenvolver dentro do grupo uma política de assistência e inserção social, alfabetizando 13 pessoas de diferentes faixas etárias que agora detêm, inclusive, noções de contabilidade e custos para aplicarem em seus negócios.
Um exemplo da importância do “O futuro é hoje” está no depoimento de Margarete Martins Rodrigues, 35 anos, que aprendeu diversos pratos com frutos do mar e principalmente a ler e escrever: “Aprendi muitas coisas: como fazer filé, camarão, casquinha de siri e vários outros pratos. Conheci o funcionamento de uma fábrica que eu não sabia como era, gostei muito dos cursos e das palestras, aprendi que sou capaz de tudo, basta termos oportunidade”, orgulha-se Margarete, que pretende continuar estudando.
Além do secretário interino de Cidadania, Eduardo Leite, que representou o prefeito Bernardo de Souza na ocasião, o diretor do departamento de trabalho da Secretaria Estadual do Trabalho, Cidadania e Assistência Social, Carlos Buzatti, prestigiou o ato. Para o vice-prefeito Fetter Junior (foto), também presente na solenidade de formatura, o sucesso do projeto é resultado de um trabalho em conjunto: “É o exemplo concreto de que a cooperação entre órgão públicos, estadual e municipal, Sindicato e ONGs podem trazer grandes feitos para a comunidade. É a correta aplicação dos recursos públicos. É a mostra de a cooperação pode realmente instruir e garantir uma nova qualidade de vida”, comenta Fetter.
A meta do Programa é de atingir 100 trabalhadores, por isso uma nova turma já está prevista para o início de setembro, com mais 60 integrantes. A parte laboral dos cursos é realizada na Fábrica Lótus e as assistências psicossociais e pedagógicas, na Fábrica Peter.