SMS busca com gestores regionais alternativas para desafogar PS

Por iniciativa da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), em conjunto com o COGERE e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Pelotas, gestores e representantes de instituições de saúde de diversas cidades da região estiveram reunidos, na tarde desta terça-feira (27), no auditório do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) da Macro Região Sul, localizado na rua Félix da Cunha, 564. A secretária Arita Bergmann convocou a reunião para que fosse avaliada a capacidade dos hospitais dos municípios vizinhos de receber pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), já estabilizados, e, assim, buscar alternativas que contribuam para desafogar o Pronto Socorro (PS) de Pelotas. Diretor do PS, o médico Edevar Rodrigues Machado Júnior relatou que entre 6% e 8% da demanda mensal da instituição pelotense é de pacientes oriundos de outras cidades. O gestor destacou três pontos fundamentais que precisam ser evitados, no futuro, para melhorar o fluxo e aliviar a demanda do PS: pacientes que chegam de outras cidades sem ter passado por um primeiro atendimento (que poderia evitar o deslocamento a Pelotas); pacientes que vem para internação em Pelotas, quando ainda haveria leitos em sua cidade de residência; pacientes que, uma vez estabilizados no PS de Pelotas, poderiam retornar para o hospital de sua cidade. Após o breve diagnóstico de Machado Júnior, a representante da 3ª CRS solicitou que o representante de cada instituição, presente na reunião, confrontasse os dados levantados pelo Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES), referente aos leitos disponíveis pelo SUS, com a realidade atual. No final do encontro, foi formada uma comissão, composta por cerca de dez pessoas, entre os presentes, que se reunirá no dia 5 de outubro (quarta-feira da semana seguinte), para elaborar os protocolos que indicam os casos em que os pacientes não devem ser encaminhados a urgência e emergência e, nos casos em que necessitam ser, como será este procedimento. Os protocolos estabelecerão os fluxos de acesso para referência dos municípios da região e dos hospitais de Pelotas e também de contrarreferência, ou seja, em que situações os pacientes podem retornar à sua origem, seja para internação ou por alta. Os protocolos e fluxos de acesso serão apresentados em novo encontro, que será realizado no dia 18 de outubro, também no Cerest Macro Sul. Participaram da reunião, representantes de diversos setores da Secretaria de Saúde de Pelotas; dos hospitais HUSFP, Santa Casa de Misericórdia e Beneficência Portuguesa, de Pelotas; das secretarias de Saúde de Arroio Grande, Canguçu, Rio Grande, Jaguarão e Turuçu; da Santa Casa de Arroio Grande e de Jaguarão; do Hospital de Caridade de Canguçu e do Hospital da FURG. A Santa Casa e o HU de Rio Grande, que também recebem pacientes do SUS de toda a região, enfrentam dificuldades semelhantes ao PS de Pelotas.