
Prefeitura trabalha para proteger o Município de novas inundações
A Prefeitura segue trabalhando para manter Pelotas segura em relação às enchentes. Na última semana, o secretário da Defesa Civil (SDC), Milton Martins, recebeu a atualização dos mapeamentos geológico-geotécnicos de Pelotas, voltados para a prevenção de desastres, produzido pelo Governo Federal, que apontou o aumento de áreas de risco alto ou muito alto para inundação de 2013 para 2025, e os dados serão utilizados na elaboração de projetos de prevenção e proteção.
Em 2013 foram identificadas oito áreas de alto risco que envolviam cerca de 24.200 pessoas em 6.050 moradias. Nas pesquisas feitas em março deste ano, o Serviço Geológico do Brasil mapeou 11, seis de alto risco, onde estima-se que vivem 31.516 pessoas, em 7.819 moradias; e em outras cinco áreas são consideradas de risco muito alto, onde vivem cerca de 15.232 pessoas em 3.808 moradias, totalizando um número em torno de 46.748 pessoas em 11.687 moradias.
O relatório aponta que muitas dessas moradias foram construídas sobre a planície de inundação do canal São Gonçalo e seus afluentes, e isso faz com que sejam atingidas pelos transbordamentos dessas águas, principalmente durante o período chuvoso, que costumava ser entre os meses de maio e setembro, mas que nos últimos anos acontecem em diferentes períodos do ano.
Desde o início de 2025, um trabalho que envolve várias secretarias municipais, vem sendo desenvolvido, para a prevenção e proteção das áreas habitadas do município, como a instalação de diques temporários – já removidos – no Laranjal, em um momento de risco, em que não havia tempo para uma solução definitiva. Paralelamente são feitos estudo de alternativas de remoção de famílias de áreas alagadiças, limpeza permanente dos canais de micro e macrodrenagem, e elaboração de projetos para buscar recursos dos governos Federal e Estadual para a execução de obras, como a elevação do dique da Estrada do Engenho para quatro metros, a construção de uma bacia de detenção (piscinão) e de mais uma casa de bombas, a ampliação de redes pluviais, e a dragagem de canais de macrodrenagem.
Martins explica que a SDC planeja traçar o perfil das pessoas que vivem nas áreas apontadas pelo estudo como de risco, a partir de dados das secretarias de Assistência Social (SAS) e de Saúde (SMS), como onde estão as acamadas, as com deficiência, as crianças ou os idosos. “São informações fundamentais para que a gente pense as estratégias para cada situação, porque os riscos para pessoas com dificuldade de locomoção são muito maiores no caso de uma inundação, por exemplo, e isso precisa ser considerado. O resultado dessa pesquisa pode nos levar a oferecer mudança de endereço para algumas famílias, ou definir os resgates prioritários em caso de novas crises climáticas”, diz o secretário.
O secretário de Urbanismo (Seurb), Otávio Peres, diz que o relatório confirma “todos os encaminhamentos, estudos e diagnósticos que nós temos conduzido em Pelotas, e reforçam o que já havia sido decretado no ano passado, na época das enchentes, e está agora publicado no nosso Decreto 7072, que prevê a regulação da urbanização nessas áreas baixas, suscetíveis aos alagamentos, em Pelotas”, avalia Peres.
O artigo 175 do Plano Diretor de Pelotas já estabelece que não é permitida a construção de loteamentos ou condomínios em áreas baixas, e a partir da enchente de 2024, foi possível concluir que o risco é para as áreas abaixo de quatro metros.
Imagem da capa - Volmer Perez/Secom
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