As 774 famílias da Balsa receberão documentos neste sábado (1º), às 15h, no Ginásio Municipal 'Karosso'

Prefeitura entregará a maior área regularizada da gestão atual

As 774 famílias da Balsa receberão documentos neste sábado (1º), às 15h, no Ginásio Municipal 'Karosso'
Por Alessandra Meirelles – MTb/RS 10052 29-05-2019 | 13:28:43
Tags: balsa , ocupação mais antiga , charqueadas , escritura , regularização , habitação

Depois de décadas de espera, o próximo sábado (1º de junho) será de festa para as 774 famílias da Balsa. Será o dia da entrega dos documentos de regularização dos lotes. A Balsa é a 15ª área regularizada nesta gestão e a maior até o momento. Também é a ocupação mais antiga da cidade, formada ainda na época das charqueadas, por volta do fim do século 19 e início do 20.  

Os moradores estão convidados para a cerimônia, que será realizada a partir das 15h no Ginásio Municipal Professor Orocindo Azevedo “Karosso”, na rua Álvaro Chaves, 2.000, esquina Cassiano, próximo ao Colégio Dom João Braga.

O secretário de Habitação e Regularização Fundiária (SHRF), Ubirajara Leal, diz estar satisfeito com as metas atingidas. Além das 15 áreas já entregues, seis aguardam apenas o cadastro dos lotes no sistema da Prefeitura – Leopoldo Brod, Cristóvão José dos Santos, Vila Nova, Sérgio Souza Soares, Osório e Barão de Mauá. Cinco áreas aguardam a aprovação do projeto pela SGCMU e três pelo Registro de Imóveis, todas integralmente feitas pela equipe de Regularização. Três novas áreas estão sendo medidas, desenhadas e avaliadas pela equipe. Outras 18 áreas estão sendo regularizadas pela empresa contratada pela Prefeitura. Ele diz que o objetivo é entregar todas elas até o início de 2020, mas algumas etapas não dependem da SHRF.

Segurança e valorização

Entre agosto de 2017 e fevereiro de 2019 foram 14 áreas regularizadas. Num total de 1.049 lotes ou, 1.049 famílias beneficiadas. Com o término do processo da Balsa, esse número chega a 1.823 lotes regulares. Em 22 meses, 1823 moradores passaram a ter um documento que garante às suas famílias a segurança de poder viver, sem medo, no local em que muitos dos seus integrantes nasceram. Os documentos também valorizam o imóvel e possibilitam o uso de financiamentos bancários para qualificação dos imóveis, com reformas ou ampliação, como a construção de um quarto a mais, a ampliação da cozinha ou a instalação de um banheiro.

Entre as famílias que moram em áreas irregulares, o medo é constante. Ao se conversar com os moradores, a maioria fala sobre o medo de perder a casa, tanto pelo poder público como para estranhos. Em áreas sem documentos de propriedade não é incomum um vizinho deslocar a cerca para dentro do terreno do outro ou mesmo instalar uma nova casa onde era o pátio da família. Muitos relatam que sentem medo de viajar ou mesmo sair à noite e a casa ser invadida. Com o documento, elas passam a ter a segurança jurídica sobre a propriedade.

Na cerimônia será entregue uma pasta com os documentos para as famílias que já participaram de todo o processo de regularização e, de posseiros, se transformarão em proprietários. Nas pastinhas estão o contrato já assinado pelo novo proprietário e pelo representante da Prefeitura, e o carnê de pagamento.

Pagamento pelo lote  

Os carnês são entregues porque, legalmente, a Prefeitura não pode doar terrenos. Assim, para a regularização, foi estabelecido um valor simbólico de compra – quatro Unidades de Referência Municipal (URM), o que hoje corresponde a R$ 455,68. O valor pode ser parcelado em oito vezes. Após o pagamento, cabe ao novo proprietário fazer a escritura, documento comprovante de que não se trata mais de uma posse, mas de uma propriedade.

Até o início de 2018, a taxa cobrada pelas escrituras de áreas regularizadas era calculada pelo valor de mercado do terreno. Desde então, passou a ser pelo valor do contrato. Assim, todos os beneficiados pela Regularização, em qualquer tempo, desde que ainda não tenho feito a escritura, podem solicitá-la com o novo cálculo. Basta procurar a Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (SHRF) e retirar uma cópia carimbada do documento que deve ser apresentado no Cartório. Com isso, a emissão do documento custa em torno de R$ 280, até 70% menos do que era cobrado antes desta definição.

Notícias Relacionadas

Cadastro socioeconômico já foi feito por 77 famílias

Cadastro socioeconômico já foi feito por 77 famílias

Prefeito Marroni comemora parceria com o Governo Federal para a construção de 250 novas casas do MCMV

Prefeito Marroni comemora parceria com o Governo Federal para a construção de 250 novas casas do MCMV

Equipe técnica da Prefeitura cadastra moradores do Passo dos Negros

Equipe técnica da Prefeitura cadastra moradores do Passo dos Negros

Regularização do Passo dos Negros passa por nova etapa

Regularização do Passo dos Negros passa por nova etapa