Novo avatar nas redes da Prefeitura faz alusão à Consciência Negra
A Prefeitura de Pelotas se soma às mobilizações sociais pelo Mês da Consciência Negra também em suas redes sociais. Desde esta sexta-feira (14), a Administração Municipal passa a exibir em seus perfis nas redes sociais um novo logotipo, com um punho negro erguido. O avatar, historicamente ligado a movimentos por igualdade racial, como a luta dos Panteras Negras nos Estados Unidos e contra o regime do apartheid, na África do Sul, é a nova imagem adotada pela Prefeitura em suas redes sociais Instagram e Facebook.
A imagem alude ao gesto que se popularizou a partir do final dos anos 60 na luta pelos direitos civis e contra a discriminação social nos Estados Unidos, representando um posicionamento de conscientização e enfrentamento ao preconceito.
O novo avatar fica nas redes sociais da Prefeitura até o fim do mês, também conhecido como Mês da Consciência Negra, que celebra dia 20 o Dia da Consciência Negra. A medida obedece também a uma política de fazer uma alusão às datas como o Outubro Rosa (mês dedicado à prevenção contra o câncer de mama), o Novembro Azul (câncer de próstata) e aos festejos do 20 de Setembro (Revolução Farroupilha). Em todas essas, a Prefeitura usou avatares diferentes para marcar as datas.
A Secretaria Municipal de Igualdade Racial (Smir) também se manifestou nesta quinta-feira (14) também se manifestou em relação aos 181 anos do episódio. Confira:
“No Mês da Consciência Negra no Rio Grande do Sul é importante celebrar a memória dos Lanceiros Negros. O grupo de negros escravizados se juntou à revolta farroupilha sob a promessa de liberdade em caso de vitória.
Em 14 de novembro de 1844, mais de 100 deles foram assassinados por tropas imperiais. Sem chances de vencer a rebelião, a saída dos revoltosos seria a assinatura de um acordo de paz com as tropas legalistas. Para isso, entretanto, teriam que quebrar o voto feito aos Lanceiros.
Depois de serem desarmados, foram atacados de forma sorrateira durante a madrugada, no que ficou conhecido como o Massacre de Porongos. Os sobreviventes foram aprisionados e encaminhados para a Corte, no Rio de Janeiro, onde permaneceram escravizados.”
Resgatar a existência dos Lanceiros Negros é uma questão de justiça, trazendo luz sobre o protagonismo da população afrodescendente em um momento importante da história gaúcha e nacional.
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