CRV Louis Braille é inaugurado nesta sexta
Será inaugurado nesta sexta-feira (28), às 17h, o Centro de Reabilitação Visual (CRV) Louis Braille, que funcionará na rua General Osório, 1.152. Habilitado pelo Ministério da Saúde, mantido pela Associação Escola de Educação Especial Louis Braille e viabilizado por meio de um convênio entre esta e a Prefeitura Municipal de Pelotas, o Centro é referência para 1.053.318 habitantes, de 28 municípios da macrorregião sul no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a pessoas com deficiências visuais. “É uma importante conquista, não só para a instituição Louis Braille, como também para os gestores de saúde da macrorregião sul e, especialmente, para os usuários, que terão acesso a diversos serviços na área sem precisar se deslocar a outras regiões”, salientou a secretária de Saúde de Pelotas, Arita Bergmann. O convênio foi assinado no dia 2 de julho deste ano, no Paço Municipal, pelo prefeito Adolfo Antonio Fetter e pelo presidente da Associação da Escola Louis Braille, Dilmar Cunha Rodrigues, com presença da secretária Arita, da coordenadora do Centro de Reabilitação Visual Louis Braille, Simoni Peverada Triantafilu, da superintendente de Gestões e Planejamento da SMS, Patrícia Guerreiro, de Maria Angélica Soares, do setor de Cadastro e Credenciamento da SMS, e de Francis Schneid, optometrista responsável pela parte de Recursos Ópticos da Louis Braille. Na ocasião, Fetter manifestou seu orgulho e imensa alegria em poder contribuir para mais este convênio, que trará benefícios a tantos deficientes visuais, e parabenizou a instituição pelos serviços prestados há anos, ajudando pessoas a superar as deficiências que a vida impõe. O CRV Louis Braille foi credenciado ao Ministério da Saúde através da Portaria Nº 327, de 16 de abril de 2012, atendendo aos usuários do SUS para tratamento de reabilitação visual e adaptação de prótese ocular e integra a Rede de Atenção a Pessoa com Deficiência do RS. O recurso financeiro no valor de R$ 220.425,75 ao ano destina-se a avaliação e acompanhamento oftalmológicos, tratamento terapêutico especializado, acompanhamento com equipe multiprofissional para a reabilitação do paciente e a concessão e adaptação de recursos ópticos, com estimulação precoce, orientação e mobilidade e atividade da vida diária. O usuário é acompanhado por equipe multiprofissional incluindo oftalmologistas, pedagogos, terapeuta ocupacional, psicólogos, assistentes sociais e técnicos em orientação e mobilidade. Têm como principal objetivo promover a independência e autonomia da pessoa com deficiência visual, por esse motivo os programas são adaptados às necessidades específicas e individuais de cada pessoa e visam especialmente sua inclusão social. O serviço é um avanço na implantação da Política Nacional de Saúde para Pessoa com Deficiência, representado um grande passo na área, para Pelotas e macrorregião sul, evoluindo do atendimento de caráter filantrópico para a responsabilização governamental de financiamento. Sobre o CRV Louis Braille A coordenadora do CRV Louis Braille informa que o principal objetivo da equipe é proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes com deficiência visual e suas famílias. Simoni Triantafilu antecipa que o Centro conta com diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos deficientes visuais, promovendo o desenvolvimento funcional da visão e estimulando a independência nas atividades cotidianas. Mensalmente, o local disponibiliza 60 consultas oftalmológicas especializadas e 40 campimetrias com os médicos Fernanda Reis e Vitor Castanho, 40 orientações nas áreas da psicologia e assistência social com a psicóloga Rosana Maris Sposito e as assistentes sociais Marília Campos e Lisiane Oliveira da Silva, e 120 treinamentos de orientação e mobilidade com o professor Rafael Barbosa, que ajudam os reabilitandos a se locomoverem independentemente. Também são oferecidos 100 atendimentos em estimulação precoce com a psicopedagoga Rita de Cássia Rosa dos Santos e 120 atendimentos para o desenvolvimento de habilidades nas atividades de vida diária (AVD) com a pedagoga e reabilitadora Meri Helen Bjerk Vieira e a terapeuta ocupacional Graziela LaFalce, onde os pacientes aprendem a executar com mais facilidade suas tarefas domésticas. São disponibilizadas, ainda, quatro próteses oculares com o optometrista Guillermo Rodolfo Carrasco e 38 testes ortópticos, com o optometrista Francis Huszar Schneid, que consistem na avaliação quanto à possibilidade de utilização de recursos ópticos, como telescópios, lupas, óculos com lentes filtrantes, óculos com lentes asféricas e esfero prismáticas. Além da avaliação, o Centro também ainda oferece 100 atendimentos mensais para o treino com recursos ópticos, que possibilita ao reabilitando um melhor conhecimento do recurso a ser utilizado, com o auxílio da Reabilitadora Simoni Peverada Triantafilu e das Pedagogas Juliana Ries Girão e Kenia Triantafilu; podendo solicitá-lo ao SUS após o período de adaptação, levando-o para casa. O treinamento também é aberto aos profissionais das escolas que recebem esses alunos, para que possam conhecer e entender melhor o funcionamento desses instrumentos. As consultas e avaliações devem ser agendadas diretamente pelas coordenadorias da saúde de Pelotas. A coordenadora informa também que, em breve, serão oferecidos atendimentos particulares e por convênios. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3222-2151 ou pelo e-mail centroreabilitacaovisuallb@hotmail.com. O CRV Louis Braille é referência para: 22 municípios da 3ª CRS Amaral Ferrador, Arroio do Padre, Arroio Grande, Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Chuí, Cristal, Herval, Jaguarão, Morro Redondo, Pedras Altas, Pedro Osório, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Santana da Boa Vista, São José do Norte São Lourenço do Sul, Turuçu e seis municípios da 7ª CRS Aceguá, Bagé , Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra, Lavras do Sul. A OMS estima que cerca de 10% da população de qualquer país em tempo de paz é portadora de algum tipo de deficiência, das quais: 5% é portadora de deficiência mental; 2% de deficiência física; 1,5% de deficiência auditiva; 0,5% de deficiência visual; e 1% de deficiência múltipla.