Castração de cães por bairros deve começar em um mês

Por Divulgação 02-03-2012 | 00:00:00
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Devido à grande multiplicação de animais, sobretudo cães, pelas ruas da cidade de Pelotas e consciente de que o Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) não tem condições de dar conta da demanda de castrações, uma vez que engloba ensino e prática, a Administração Municipal optou por contratar clínicas privadas que atendam os requisitos técnicos da área veterinária. Assim, a Vigilância Ambiental/Secretaria de Saúde (SMS) de Pelotas criou um projeto para Esterilização de cães que prevê a castração mensal de cerca de 300 animais, machos e fêmeas. “Trata-se de uma responsabilidade compartilhada. O poder público está fazendo a sua parte, se organizando para impedir a proliferação de cães de rua, e a população deve fazer a sua, de cuidar dos seus animais e evitar que fiquem soltos pelas ruas, de modo a diminuir riscos de doenças e acidentes”, salientou a secretária Arita Bergmann. Gerente da Vigilância Ambiental, Franklin de Souza Neto acredita que o projeto, aprovado em Plenária do Conselho Municipal de Saúde (CMSPel), deve entrar em funcionamento dentro de, no máximo, quatro semanas. Outras novidades importantes no setor é a construção, prevista para este ano, de 16 novas baias, no Canil Municipal, para cães bravios ou mordedores viciosos - animais que permanecem por mais tempo albergados - e o aumento significativo no número de adoções, em mais de 100%. Enquanto que em 2010 haviam sido adotados 60 cães, no ano passado 122 foram acolhidos em novos lares pelotenses. Souza Neto atribui o incremento das adoções à campanha “Amigo não se compra” e às diversas feiras de adoção, promovidas pela Vigilância Ambiental. O projeto Desenvolvido por técnicos e médicos veterinários do CCZ, a partir de pesquisas com outros municípios e dados locais, o projeto para Esterilização de cães visa reduzir, a médio prazo, a população canina de Pelotas, prevendo a castração de 10.006 animais, em um período de 36 meses. A meta é esterilizar cerca de 25% dos cães que vivem pelas ruas de cada bairro da cidade. A SMS espera contar com o envolvimento das associações de bairros para que o trabalho seja desenvolvido por etapas. Em um primeiro momento, a intenção do CCZ é castrar em torno de 1,5 mil cães do bairro Fragata. A SMS espera contatar, por meio do edital, as clínicas interessadas e, assim, conhecer sua capacidade de esterilização e poder organizar um quadro de execução do projeto, que poderá incluir diversas clínicas - cada uma poderá se responsabilizar pelo número de castrações que julgar compatível com a sua capacidade. A Vigilância pretende, ainda, fazer um trabalho de conscientização junto à população, com palestras de orientação para uma posse responsável e cuidados com os cães e para esclarecer pontos básicos, como por exemplo que a castração não altera os hábitos do animal, ele apenas deixa de reproduzir. Saiba mais: Em 17 de novembro de 2004 foi promulgada a lei nº 5.086, que obriga o Município a esterilizar os cães e, se não adotados, retornarem às ruas, no mesmo local de onde foram retirados. Diante da legislação vigente, o CCZ realiza procedimentos conforme previstos em lei. Em 2005 foi colocado em funcionamento o Canil Municipal, com o objetivo de albergar cães suspeitos de Zoonoses. O módulo canil contém 12 isoladores, para animais que requerem isolamento, e seis baias coletivas. Atualmente o módulo alberga animais: • vítimas de maus tratos; • colocados nas ruas por proprietários que não os desejam mais, por estarem velhos ou doentes (muitas vezes porque sairão em viagem e não tem com quem deixar o cão), • convalescentes de enfermidades; • vítimas de atropelamentos; • fêmeas gestantes ou com cria. Os isoladores estão lotados com animais bravios e ou mordedores viciosos, que são retirados das ruas por oferecerem riscos à população, casos de segurança pública e que dificultam ações de controle de zoonoses. O módulo canil tem quatro agentes para o cuidado com os cães e um médico veterinário, responsável técnico, permanecendo aberto das 7h até as 19h, com plantões sábados e domingos. Dispõe também de medicamentos e material para atendimento ambulatorial de cães errantes e camas térmicas. Os animais, ao chegarem ao canil, são vermifugados e imunizados com vacina Octupla e anti-rábica, e recebem água e reação de boa qualidade. Os cães socorridos em via pública são encaminhados ao Hospital de Clínicas Veterinárias da UFPEL, para internação ou tratamento, e quando liberados permanecem no canil, por algum tempo, para possível adoção. A partir de dados levantados, constatou-se que, referente à população canina de Pelotas, 20% são domiciliados, 10% são cães errantes (rua) e 70 % são cães semi-domiciliados. Configurando como maior problema os cães semi-domiciliados, ou seja, os que possuem guardiões, são alimentados e cuidados pela população, mas permanecem nas ruas, causando riscos de acidentes como mordeduras, transmissão de zoonoses e risco de provocar acidentes com pessoas e veículos. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) é uma unidade de saúde pública que tem como atribuição fundamental prevenir e controlar as zoonoses (doenças transmitidas dos animais ao homem). Os mesmos desempenham suas funções através do controle de populações de animais domésticos e controle de populações de animais sinantrópicos. Essa ação é baseada em trabalhos educativos, procurando esclarecer e contar com a colaboração e participação de toda a sociedade, complementada por ações legais e fiscais. O CCZ possui hoje quatro veterinários que trabalham com zoonoses e com saúde pública. Realiza investigação e monitoramento do vírus rábico e demais zoonoses. O Centro de Controle de Zoonoses atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30, sem fechar ao meio-dia. Conta, atualmente, com duas equipes de agentes para o recolhimento de cães - foram adquiridas duas viaturas, que foram adaptadas para apreensão e transporte dos animais.

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