Carnaval: vote e ajude a escolher os nomes do palco e coretos

Por Divulgação 10-02-2014 | 00:00:00
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A fim de homenagear entidades e personalidades que deixaram sua marca da história do Carnaval pelotense, a Secretaria de Cultura (Secult) preparou uma enquete para definir os nomes do palco de shows e dos dois coretos que terão rodas de samba, dentro da Cidade do Samba, situada no entorno da Praça Domingo Rodrigues (antiga praça da Alfândega), na área portuária. A lista com as indicações é composta de 11 nomes (conheça abaixo um pouco do histórico de cada um). Vote no hotsite, http://www.pelotas.rs.gov.br/carnaval/2014/ . Breve histórico dos indicados: Bloco Carnavalesco Aguenta se Puder - Bloco tradicional do Carnaval pelotense, durante a época do Baile do Redondo, na Praça Coronel Pedro Osório e dos carnavais da ruas XV de Novembro. Bloco Carnavalesco Tira um fiapo e Deixa - Foi um dos principais blocos que surgiram na década de 1920, que ajudou a popularizar o carnaval pelotense, caracterizado pelos festejos de clubes. Clube Carnavalesco Depois da Chuva - Fundado em 1917, como parte de uma rede associativa negra em Pelotas, o clube inaugurou sua sede no ano de 1929, na zona central da cidade. Se manteve ativo até meados da década de 1980. No início foi apelidado de clube dos "cisqueiros", pois sua sede ficava próxima a um depósito de lixo da prefeitura. Mais tarde, com o crescimento urbano, passou a ser vinculado como o clube da zona da "Cerquinha". Clube Carnavalesco Nagô - Surgiu na década de 1880. Foi um dos principais clubes negros que utilizaram a festa de Momo em prol da abolição da escravatura. O clube era formado por escravos libertos de origem Nagô, que utilizava o carnaval como um espaço alternativo que permitia, pelas características dos festejos, a livre expressão do grupo. Clube Carnavalesco Quem Rí de Nós tem Paixão - Fundado em 1921, permaneceu ativo até o ano de 1940. Foi um dos principais clubes carnavalescos que formaram a rede de associativismo negro na cidade de Pelotas. Giba Giba - Cantor, compositor e instrumentista pelotense. Reconhecido nacionalmente, sendo considerado pela crítica especializada um dos maiores expoentes na utilização do tambor sopapo, instrumento que representa a identidade musical do Rio Grande do Sul. Difusor da cultura negra no Estado, foi um dos fundadores e primeiro presidente da Escola de Samba Praiana, na década de 1960. Jorge Ari - Nasceu no dia 15 de março de 1964, em Pelotas, no bairro Simões Lopes. Iniciou sua caminhada carnavalesca no Bloco Infantil Pato Donald. Em 1981 e 82, a convite de Padre Ozy, Tio Mira e Marcos Fonseca foi convidado a ser Rei momo do Bloco Burlesco Bafo da Onça. Em 1987, com 22 anos, foi Príncipe do Carnaval, na Corte do Rei Momo Agostinho Trindade. Em 1990, com 25 anos Jorge Ari venceu o concurso de Rei Momo, substituindo Agostinho. Mais tarde, entre 1991 e 1993, ganhou os títulos de Rei Momo simpatia, em Florianópolis, Rei Momo do Rio Grande do Sul e segundo Rei Momo do Brasil. Mestre Baptista - Foi figura importante do Carnaval de Pelotas, tendo atuado em várias funções, como ritmista, ensaiador e mestre de baterias em escolas de samba e blocos como Estação Primeira do Areal, Academia do Samba, Imperatriz da Zona Norte e General Telles. Em todas as entidades carnavalescas deixou sua marca. Pelotense, também fundou a ONG Odara e junto com o músico Giba Giba, se tornou responsável pela revitalização do tambor sopapo. Neomar Paiva Jorge (Tuca) - Compositor e um dos primeiros intérpretes de sambas de enredo do Estado, dedicou sua vida à música e ao Carnaval pelotense. Iniciou sua trajetória como pistonista, aos 14 anos de idade, descobrindo na adolescência o seu dom nato para o canto. Difundiu o samba e o Carnaval pelotenses no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e na Capital Federal. Como intérprete deu voz a entidades como Academia do Samba, General Telles, Estação Primeira do Areal, Banda Empolgação e Bandalha. Foi presidente da Academia do Samba no campeonato de 1987. Pompílio de Freitas - Natural de Jaguarão e formado em Educação Artística pela UFPel, era figura de destaque no Carnaval de Pelotas, conhecido nacionalmente pelo trabalho na confecção de fantasias de luxo. Iniciou as atividades no Carnaval em 1970, ainda em sua cidade natal. Durante a década de 1980 trabalhou no Carnaval de rua local. Em seu currículo constam passagens por diversas escolas de samba, passando pela carioca Vila Isabel - que em 1996 homenageou o Rio Grande do Sul no enredo – e pelas pelotenses General Telles, Estação Primeira do Areal, Academia do Samba e Unidos do Fragata, onde criou raízes. Zilda Maciel - Nascida em 1899, em Pelotas, era neta de Amélia Hartley de Brito, a Baronesa de Três Serros. Foi eleita rainha do Clube Diamantinos no ano de 1917. Foi convidada para o posto em função da sua circulação e reconhecimento entre as diversas camadas sociais da cidade. Conta-se que no Carnaval daquele ano vinha desfilando em seu carro pelas ruas de Pelotas quando o bloco encontrou-se com o do Clube Brilhante, Zilda desceu do carro e convidou Dora Sattanini, Rainha do Brilhante, a desfilar junto com ela, fazendo assim um desfile unido e pacífico, marcado pela alegria e confraternização. Zilda morreu em 2002, no Rio de Janeiro, aos 102 anos.

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