Rede ampla e multiprofissional é gratuita e as pessoas podem procurar ajuda sem encaminhamento
10-09-2019 | 12:33:34
A Prefeitura, por meio do departamento de Saúde Mental da Secretaria de Saúde (SMS), oferece uma série de serviços voltados ao tratamento de transtornos depressivos, que podem levar ao suicídio. Segundo dados do Portal BiSaúde, do governo do Estado, entre 2010 e 2019, 341 mortes por lesão autoprovocada foram registradas em Pelotas, a maioria envolvendo pessoas entre os 20 e os 49 anos.
Diante deste cenário, o Município passou a ofertar cuidado integral e assistência multiprofissional, por intermédio de uma rede ampla de acolhimento. Destaque para o Programa de Prevenção ao Suicídio (PPS), focado no monitoramento e atendimento imediato dos casos de violência autoprovocada.
Através do programa, todos os casos atendidos no Pronto Socorro são imediatamente comunicados ao departamento de Saúde Mental, que aciona a equipe de referência para que faça contato com o usuário e seus familiares, iniciando o cuidado antes mesmo da alta do PS, explica Gabriela Haack, coordenadora do departamento de Saúde Mental.
Segundo ela, a iniciativa tem resultado na diminuição dos casos de reincidência e melhora na adesão ao tratamento. De 2017 para 2018, por exemplo, o número de suicídios caiu de 50 para 39.
“Não parece muito, mas são 11 vidas que foram salvas e não viraram estatística. Essas pessoas são mais que números, são indivíduos em sofrimento psíquico que veem nessa atitude tão extrema a única solução; nossa missão é mostrar que isso não é verdade”, afirma Gabriela Haack.
Leia mais
Setembro Amarelo terá programação em Pelotas
Ao todo, Pelotas conta com oito Centros de Atenção Psicossocial (Caps) – serviços abertos, de base comunitária, que podem ser procurados como ajuda por livre demanda, ou seja, mesmo sem encaminhamento. “Pessoas em situações graves, com risco de suicídio, têm a alternativa de utilizá-los. O cidadão será acolhido com carinho e respeito, e receberá atendimento rápido e orientação das nossas equipes”, garante Gabriela.
Os chamados Caps II atendem a população que reside no seu território, cuidando de casos moderados e graves. Já o Caps AD III é um serviço de atenção especializada, que atende mensalmente cerca de 2 mil usuários de todo o município, a partir dos 10 anos de idade. Esse universo abrange indivíduos com problemas associados ao uso de álcool e outras drogas.
O CapsI Canguru é destinado a crianças e adolescentes até 18 anos, com transtornos moderados e graves. Pelotas conta ainda com o ambulatório de Saúde Mental, que trata de cidadãos com mais de 15 anos, que sofrem de distúrbios patológicos leves. Nesses casos, o atendimento é breve, em grupos psicoterapêuticos. Já o Case ampara e cuida de crianças e adolescentes de até 15 anos, detentores de problemas relacionados à aprendizagem.