Emef Dona Maria Joaquina, no Cerrito Alegre, atenderá seis turmas em turno integral

Prefeita anuncia primeira escola de iniciação agrícola da cidade

Emef Dona Maria Joaquina, no Cerrito Alegre, atenderá seis turmas em turno integral
Por Autor desconhecido 15-07-2019 | 11:48:47
Tags: escola, iniciação agrícola, cerrito alegre, 3º distrito, turno integral

A Escola de Ensino Fundamental (Emef) Dona Maria Joaquina será o primeiro educandário municipal de iniciação agrícola em Pelotas. O anúncio foi feito pela prefeita Paula Mascarenhas à comunidade do Cerrito Alegre, 3º distrito, neste domingo (14), durante o O Bairro da Gente – momento escolhido para oficializar a novidade, que refletirá na vida de dezenas de estudantes da colônia. A partir de agosto, a escola funcionará em turno integral para seis turmas, de 6º a 9º ano, que terão, além das atividades voltadas à produção agrícola, projetos de robótica, produção textual, desporto, reforço de matemática, entre outros.

Novidade foi divulgada à comunidade neste domingo, em audiência pública no Cerrito Alegre – Foto: Michel Corvello
Transformar a Maria Joaquina em escola de iniciação agrícola é um dos objetivos do nosso plano de governo e, desde o início, buscamos caminhos para a consolidação da ideia. Tenho um carinho enorme pela escola e me encanta o trabalho que fazem lá… É um orgulho ver esse sonho se concretizando”, disse a prefeita.

Entusiasmo e motivação foram as palavras escolhidas pela diretora Ana Maria Madruga para definir o sentimento da comunidade escolar. “Estamos todos contentes porque a mudança vai ser muito boa para os alunos. É o resgate com o vínculo rural por meio de uma proposta curricular transformadora de iniciação agrícola”, reforçou a educadora. Chegando às 8h e saindo às 17h, os cerca de cem estudantes terão café da manhã, merenda, almoço e lanche à tarde.

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Da terra à sala de aula

No cultivo da terra e no cuidado caprichoso com cada fração da horta da escola, crianças e adolescentes aprendem desde 2011, na teoria e na prática, como desenvolver uma propriedade por meio da policultura. Mais do que isso, o espaço pedagógico tornou-se ferramenta essencial para o desenvolvimento de competências, como autonomia, responsabilidade e disciplina.

Espaço pedagógico tornou-se ferramenta para o desenvolvimento de competências e habilidades – Fotos: Michel Corvello

São estas as habilidades que serão potencializadas, a partir do próximo mês, com o sistema de turno integral no educandário. A aquisição do terreno contíguo à área da escola – realizada pela Prefeitura em 2017 – foi determinante para que o projeto ganhasse força e novas projeções para o futuro, garantiu um dos coordenadores da iniciativa, Carlos Ari Prestes.

“A ideia é que essas meninas e meninos possam fazer cursos ligados à área rural para se profissionalizarem e seguirem na colônia, se assim desejarem”, complementou o secretário de Educação e Desporto, Artur Corrêa.  

Agricultura: ferramenta do aprendizado

De quase 1 hectare de área cultivada, saem os mais diversos e saborosos alimentos: desde legumes e verduras, como cenoura, beterraba e couve, até frutas, entre elas laranja, limão e bergamota. Um canteiro específico de chás de boldo, cidreira, menta e hortelã também passa pelo cuidado atencioso dos estudantes. Enquanto se dedicavam à limpeza da área das cenouras, Bruna e Gabriela, de 11 anos, detalhavam com o professor de técnica agrícola, Claudenir Prestes, os aspectos fundamentais para a boa produção: solo, água, sol e adubo.  

“Estudamos com eles todas as etapas, sempre pensando na produção de alimentos saudáveis, sem o uso de agrotóxicos. Queremos formar cidadãos que se preocupam com o meio ambiente”, frisou o professor.  
Bruna e Gabriela detalham com o professor os aspectos teóricos e práticos da produção – Fotos: Michel Corvello

Para consumir e comercializar  

Os estudantes produzem kits dos insumos, que são utilizados na merenda, consumidos na casa dos alunos e comercializados pela instituição. O dinheiro da venda é revertido em investimentos no projeto, inclusive, para manter o maquinário utilizado no cultivo agrícola. A apicultura também tem espaço no educandário. A cada retirada do produto, cerca de 90 quilos de mel são extraídos – uma vez o montante chegou a 160 quilos, para a surpresa e alegria da comunidade.

Tecnologia integrada

Paralelo ao projeto da horta, a escola aposta na tecnologia como instrumento de aprendizado. Recentemente, oficinas de Robótica e Lógica foram implantadas com a ideia de associar este conhecimento ao aprimoramento das técnicas agrícolas, em relação à irrigação e à umidade do solo, por exemplo. A ciência vem sendo bem empregada nas aulas: um dos alunos, Pedro, de 13 anos, desenvolveu um jogo para computador em apenas três horas.

Oficinas de robótica e lógica já demonstram bons resultados na escola – Fotos: Michel Corvello

Dona Maria Joaquina

Com 70 anos de história, a escola é responsável pelo ensino de 195 estudantes, de pré a 9º ano. Quarenta funcionários atuam na instituição, que também conta com projetos para aprendizagem da matemática de forma lúdica – o Khan Academy – e outro direcionado à produção de alimentos saudáveis – como brigadeiros feitos de aipim. Quatro ônibus disponibilizados pela Prefeitura realizam o transporte dos alunos.

Confira as fotos da reportagem neste link do Flickr da Prefeitura.

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