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Adultos e adolescentes devem atualizar caderneta de vacinação

Vacinas preconizadas pelo Ministério da Saúde estão disponíveis nas unidades de saúde do Município

31-07-2019 | 13:45:03

Não são só as crianças que precisam tomar vacinas para a prevenção de doenças. Adolescentes e adultos também devem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou o Centro de Especialidades para colocar as doses dos imunizantes em dia. Essa é a orientação da Prefeitura que, através do setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (SMS), trabalha na conscientização da comunidade sobre a importância de manter a caderneta de vacinação em dia.

Vacinas devem ser tomadas por todos, de acordo com a faixa etária - Foto: Marcel Ávila/Arquivo Ascom

Em Pelotas, a rede pública de saúde disponibiliza todas as vacinas preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS). No caso dos jovens até os 19 anos, doses contra o HPV e a Meningocócica C são prioridades, junto à Hepatite B, Febre Amarela, Dupla Adulto (difteria e tétano) e Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola), que também devem ser tomadas por adultos dos 20 aos 59 anos.

Segundo dados do Ministério, das vacinas do calendário adulto a única que passa dos 50% de cobertura acumulada entre 1994 e 2018 é a da febre amarela, com uma cobertura de 78,8%. Em Pelotas, contudo, o quadro não é tão positivo. No ano passado, por exemplo, apenas 617 usuários com idades entre 20 e 59 anos – em um universo composto por quase 200 mil pessoas, segundo dados do IBGE — procuraram a rede pública de Pelotas em busca da vacina contra a Febre Amarela.

Outros 831 vacinaram-se contra a difteria e o tétano (Dupla Adulto, enquanto 3.387 e 3.524, respectivamente, tomaram doses contra a Hepatite B e a Tríplice Viral, todas integrantes do calendário vacinal dos adultos. “Algumas vacinas, como a Hepatite B, exigem mais de uma dose e muitos usuários não retornam para tomar as demais, o que significa que eles não estão imunizados”, explica a chefe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Ana Alice Maciel.

Segundo ela, dos 3.387 adultos que fizeram a vacina da Hepatite B em 2018, apenas 1.578 fizeram a terceira dose. “Vemos muitos adultos começarem o esquema de vacinação e pararem, não retornando para completarem o esquema vacinal. Precisamos mudar isso”, afirma Ana Alice.

Ana Alice explica que a imunização depende do usuário tomar todas as doses necessárias - Foto: Igor Sobral/Arquivo Ascom

Conscientização

Apesar da existência de um calendário, o Ministério da Saúde não estabelece metas de cobertura vacinal anual em adultos, como faz com as vacinas infantis, e também não faz balanços anuais. Um dos maiores problemas é a falta de um denominador específico, como o número de nascimentos anuais no caso das vacinas infantis, que ajude a compilar melhor os dados.

Frente a isso e para combater a tendência nacional de queda nas imunizações, fato observado também em Pelotas, a Prefeitura está adotando uma postura mais ativa no processo de busca na comunidade, integrando o cuidado, com ações de prevenção e promoção. 

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Atualmente, Pelotas conta com 50 salas para administração de imunobiológicos. Todas contam com grande parte das vacinas necessárias, tanto as de dose única, como a BCG, quanto as que exigem mais de uma aplicação, como a HPV.

Vacinas indicadas

Adolescentes (14 a 19 anos)

HPV: duas doses com 6 meses de intervalo em meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina HPV também está disponível para ambos os sexos, nas faixas etárias entre 9 e 26 anos de idade.

Hepatite B: 3 doses, de acordo com a situação vacinal.

Febre Amarela: dose única, verificar situação vacinal.

Meningocócica C: dose única ou reforço, dependendo da situação vacinal.

Tríplice viral: previne sarampo, caxumba e rubéola. Se nunca vacinado: 2 doses (20 a 29 anos) e 1 dose (30 a 49 anos).

Dupla adulto (DT): previne difteria e tétano. Reforço a cada 10 anos.

Caso especial:

Pneumocócica 23 Valente*: previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo. Uma dose é indicada para grupos-alvo específicos a depender da situação vacinal.

*Destaca-se que a Pneumocócica 23 só é dada, quando solicitado pelo Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais.
Imagens: Ministérios da Saúde

Adultos (20 a 59 anos)

Hepatite B: 3 doses, de acordo com a situação vacinal.

Febre Amarela: dose única, verificar situação vacinal.

Tríplice viral: previne sarampo, caxumba e rubéola. Se nunca vacinado: 2 doses (20 a 29 anos) e 1 dose (30 a 49 anos).

Dupla adulto (DT): previne difteria e tétano. Reforço a cada 10 anos.

Caso especial:

Pneumocócica 23 Valente*: previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo. Uma dose é indicada para grupos-alvo específicos a depender da situação vacinal.

*Destaca-se que a Pneumocócica 23 só é dada, quando solicitado pelo Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais.

Imagens: Ministérios da Saúde

Atenção

Os idosos também precisam ficar atentos e buscar proteção contra gripe, pneumonia e tétano, e as mulheres em idade fértil devem tomar vacinas contra rubéola e tétano, que, se ocorrerem enquanto elas estiverem grávidas (rubéola) ou logo após o parto (tétano), podem causar doenças graves ou até a morte de seus bebês.  

Os profissionais de saúde, as pessoas que viajam muito e outros grupos de pessoas, com características específicas, também têm recomendações para tomarem certas vacinas, lembrando que todas as recomendadas pelo Ministério da Saúde estão disponíveis gratuitamente na rede pública. Conheça as peculiaridades de algumas vacinas:

Hepatite B: oferta da vacina para toda a população independente da idade e/ou condições de vulnerabilidade, justificada pelo aumento da frequência de atividade sexual em idosos e do aumento de ISTs nesta população.

Poliomielite: a 3ª dose é a vacina inativada da polio (VIP), a exemplo do que já ocorre com as 1ª e 2ª doses da vacina. As doses de reforço aos 15 meses e 4 anos e as campanhas de vacinação continuam aplicando a vacina VOP (bivalente).

Pneumocócica: Esquema básico com duas doses (aos 2 e 4 meses) e dose de reforço aos 12 meses (podendo ser aplicada até os 4 anos). Crianças não vacinadas anteriormente podem receber dose única dos 12 meses aos 4 anos. Destaca-se que a Pneumocócica 23 só é dada, quando solicitado pelo Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais.

Hepatite A: aplicada aos 15 meses, podendo ser aplicada até os 5 anos.

Vacinas tríplice viral e varicela: o Ministério disponibiliza duas doses de vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade e uma dose da vacina varicela (atenuada) para crianças até quatro anos de idade.

Meningocócica: esquema básico com duas doses (aos 3 e 5 meses) e dose de reforço aos 12 meses (podendo ser aplicada até os 4 anos). Crianças não vacinadas anteriormente podem receber dose única dos 12 meses aos 4 anos. O Ministério passa a disponibilizar a vacina conjugada para adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos crianças e adolescentes com 9 anos até 13 anos.

dTpa: uma dose a partir da 20ª semana de gestação, para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação. Administrar uma dose no puerpério, o mais precocemente possível.

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