Prefeitura chama população para se vacinar contra hepatites virais

Pelotas aderiu à campanha de combate às hepatites virais, o Julho Amarelo, cujo ápice ocorre no dia 28 deste mês. Assim, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde (SMS), convida a população a comparecer às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e ao Centro de Especialidades para realização de testagem rápida e vacinação contra as formas B e C do vírus.  

Vacinação já está disponível na cidade - Foto: Arquivo/Ascom

Só no ano passado, 69 casos relacionados à hepatite B foram identificados na cidade, a maioria nos bairros Centro e Três Vendas, segundo dados da Vigilância Epidemiológica da SMS. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C, mas há também os tipos D e E.  

Conforme o Ministério da Saúde, milhões de pessoas no país são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Com isso, elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. No caso dessas hepatites, é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, há aproximadamente 400 milhões de pessoas cronicamente infectadas pelos tipos B e C. Além disso, outras 1,4 milhão têm o tipo A.  

Entenda

A hepatite carateriza-se pela inflamação do fígado, causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Em alguns casos a hepatite é silenciosa, já que nem sempre apresenta sintoma. Mas, quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

A patologia pode ser contraída devido a condições precárias de saneamento básico e recebimento de água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E); através do sangue, quando se pratica sexo desprotegido ou compartilha-se seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D); ou da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B, C e D).

As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser informada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes para as políticas públicas no setor.