Imagem do post

Saúde já tem medicação para tratar a anemia falciforme

Descrição não disponível.
Por Divulgação 26-10-2006 | 00:00:00
Tags:

As comemorações da Semana da Consciência Negra abrem espaço para a capacitação de profissionais da área da saúde. O tema será a anemia falciforme, doença característica da raça negra e que atinge 20% da população negra e 2% dos brancos no Brasil. O programa de combate a anemia falciforme foi elaborado pela Associação Olojukan e será desenvolvido em parceria pelas secretarias de Projetos Especiais e Saúde.

Durante reunião realizada nesta quinta-feira (26), na Secretaria de Saúde de Pelotas, foi definido um cronograma para o treinamento dos profissionais dos postos e agentes de saúde. O objetivo é habilitá-los a identificar os portadores da doença e encaminhá-los para acompanhamento médico. A secretaria já dispõe do medicamento necessário para o controle da enfermidade, o ácido fólico, e deverá iniciar sua distribuição assim que os doentes sejam cadastrados e identificados pela rede.

Entre as ações que devem ser desenvolvidas nos postos, estão a identificação dos doentes e encaminhamento para exames que comprovem a anemia falciforme, orientação nutricional e acompanhamento da doença. Conforme a presidente da Associação Olojukan, entidade que trabalha com a comunidade negra de Pelotas, Nara Louro, já existem grupos de pessoas portadoras da doença, constituídos em diversos bairros da cidade. “Muitas pessoas que sabem que tem a doença não fazem qualquer tipo de tratamento; as complicações para a vida destas pessoas podem ser enormes e as seqüelas, irreversíveis”, afirma Nara.

“A doença não tem cura e temos que informar a população sobre os sintomas e o tratamento, para que possa ter uma vida com mais qualidade”, completou a secretária de Projetos Especiais, Claudia Ferreira. O trabalho deverá ser desenvolvido inicialmente nos postos onde há o programa de Saúde da Família e onde já existem grupos de falsêmicos identificados, como Getúlio Vargas, Pestano, Bom Jesus, Dunas, Navegantes I e II, Balsa e Gotuzzo. Além da medicação de controle da anemia, os portadores da doença precisam seguir uma dieta rigorosa, livre de alimentos como o feijão, por exemplo.

A doença é característica das pessoas da raça negra e surgiu a partir de uma mutação genética, transmitida de geração em geração. Embora seja predominante entre negros e pardos, com a miscigenação das raças também passou a se manifestar na população branca. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde, a cada ano nascem no Brasil cerca de 2500 crianças portadoras da enfermidade, sendo que 20% destas não vão atingir os 5 anos de idade por complicações relacionadas a doença. Entre os sintomas estão dores nas articulações, ossos, tórax, abdomen, podendo causar infecções na garganta, pulmões, rins, úlceras nas pernas próximo aos tornozelos, entre outros. Um grande aliado na identificação da doença em recém-nascidos é o teste do pezinho. Os registros já existentes deste exame serão utilizados como fonte de consulta para a identificação dos portadores da doença na cidade.

Notícias Relacionadas

Pronto Socorro adquire respirador pulmonar

Pronto Socorro adquire respirador pulmonar

Balsa recebe UBS na Rua no sábado

Balsa recebe UBS na Rua no sábado

Parque da Baronesa terá Caps na Rua sexta-feira

Parque da Baronesa terá Caps na Rua sexta-feira

Ubais aplicam 483 doses de vacina no feriadão

Ubais aplicam 483 doses de vacina no feriadão