
Sala de situação reúne secretarias e Sanep para discutir ações preventivas
Pelo menos dez pautas sobre a mesa, entre emergenciais, de zeladoria e de longo prazo, que demandam projetos mais complexos e recursos para execução, na tentativa de reverter o quadro de sucateamento e abandono no sistema de drenagem do município. Este foi o teor da reunião realizada na manhã desta quarta-feira (21) na Secretaria de Urbanismo (Seurb) com parte do grupo que compõe a sala de situação do governo municipal. Além do anfitrião, Otávio Peres, participaram os secretários de Defesa Civil, Milton Martins, e de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui), Mateus Consen, além do diretor-presidente do Sanep, Ellemar Wojhan.

Reunião de integrantes da Sala de Situação do município na Secretaria de Urbanismo (Seurb, onde se debateram pautas emergenciais, de zeladoria e de longo prazo para tornar Pelotas mais resiliente e segura diante das mudanças climáticas (Fotos: Roberto Ribeiro/Secom)
O conjunto de ações abrange praticamente todas as regiões e algumas delas já tiveram início - como no Loteamento Clara Nunes, obra de drenagem do Sanep no valor de R$ 3 milhões que irá conduzir as águas do Vasco Pires até as áreas mais baixas da avenida Domingos de Almeida, no bairro Areal. “A maioria das pautas está associada à drenagem, que é um problema crônico em nossa cidade - mas não apenas”, disse Peres. No entanto, o secretário de Urbanismo reconhece que esse tipo de demanda domina a discussão - até mesmo em áreas altas na zona norte, cuja topografia favorece o escoamento. Não é o caso em função de problemas de obstruções, empreendimentos e processos de ocupação irregular.
A Sanga das Três Vendas, considerada estratégica pelo secretário de Defesa Civil Milton Martins na drenagem urbana da zona norte, foi outro caso que mereceu atenção. No fim de semana, diante da ameaça de chuva que não se confirmou, equipes da pasta e do Sanep removeram um tronco para desobstruir o manancial, que sofre com assoreamento, acúmulo de lixo e, para completar, é de difícil acesso.
“Felizmente não temos vivenciado enchentes nos últimos meses, mas se chover mais de cem milímetros, como fatalmente vai acontecer em algum momento, vai dar problema”, admite. A solução a ser executada de forma integrada é escoar parte das águas das Três Vendas rumo à BR-116 pelos fundos da Vila Thoussaint e ampliar a vazão da sanga na hipótese de chuvas mais volumosas. “Discutimos ações preventivas de forma integrada e procuramos reverter o quadro que estamos vivendo, que requer emergência, zeladoria e projetos mais complexos diante da constatação de um sistema de drenagem absolutamente assoreado e abandonado”, completa Otávio Peres.