Projetos ambientais do Sanep são reconhecidos em congresso internacional
Dois projetos ambientais do Sanep foram aprovados para apresentação no VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, a ser realizado em Manaus (AM), entre os dias 21 e 25 de julho. As iniciativas reconhecidas pela organização do evento são intituladas “Formação de educadores ambientais comunitários na promoção da educação socioambiental para o acesso à água e o saneamento como direito fundamental” e “Mudas de Saber”, ambas desenvolvidas a partir da Sala Verde Santa Bárbara — fruto do trabalho da autarquia em parceria com o Ministério do Meio Ambiente.
Educadores ambientais comunitários
O projeto conduzido pelo Trabalho Técnico Socioambiental (TSA) do Sanep junto aos moradores começou em 2018, durante a construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) São Gonçalo, com o objetivo de ampliar as discussões sobre o meio ambiente e os impactos da obra. Mais de 70 residentes de todos os bairros da cidade foram divididos em seis núcleos, no intuito de promover debates e atividades referentes à preservação ambiental.
Ao longo de seis anos, foram feitas dezenas de ações de capacitação. Entre as mais marcantes, a assistente social e coordenadora do TSA, Aline Cunha, destaca o lançamento da cartilha produzida pelos educadores comunitários, em 2022, e o evento de formação dos cidadãos como multiplicadores ambientais, ocorrido no ano passado.
“Foram momentos especiais, de união da população com o serviço público. É gratificante a oportunidade de contar essas histórias vividas pelas comunidades, a partir dos seus territórios, no enfrentamento das questões socioambientais emergentes em direção à justiça climática”, destacou.
Em seis anos de atividades, foram dezenas de ações ambientais integradas entre poder público e sociedade. Fotos Divulgação
Mudas de saber
A iniciativa coordenada pela Divisão de Fiscalização Ambiental (DFA) do Sanep conta com o apoio das Secretarias de Qualidade Ambiental (SQA) e de Educação e Desporto (Smed). O trabalho teve início em 2023, com o objetivo de estimular a educação ambiental na comunidade escolar, por meio do plantio de árvores nativas. A proposta é espalhada pelas escolas das redes municipal e estadual, com acompanhamento periódico junto aos alunos para contemplar o crescimento das árvores e reforçar a importância da conscientização.
Para o tecnólogo em Saneamento Ambiental e responsável pela DFA, Leandro Gomes, a recepção do projeto pelas crianças e familiares é satisfatória.
“É recompensador acompanhar o interesse e a energia que os alunos têm. Embora seja uma iniciativa recente, já colhemos bons frutos, tanto na sala de aula, quanto fora, uma vez que as crianças falam sobre o que aprenderam em casa, mostram o certificado e a medalha do projeto, e tornam-se multiplicadores do conhecimento”, pontuou.
Até o momento, mais de 300 estudantes participaram do plantio de aproximadamente 200 mudas, além das oficinas de educação ambiental.
Mudas de saber incentiva as crianças a realizarem plantios de árvores nativas. Fotos Matheus Cabistany
O congresso
A oitava edição do Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa terá como tema “Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver”. A Rede Lusófona de Educação Ambiental (Redeluso), organizadora do evento, é formada por educadores ambientais de Angola, Cabo Verde, Galícia, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor Leste e São Tomé e Príncipe com o apoio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
