
Projeto contemplado pela Pnab oferece oficinas de percussão
Desde julho, aos sábados, estão acontecendo oficinas de percussão gratuitas e abertas ao público, no Navegantes II. Contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), neste ano, o projeto de iniciativa da Bateria Ritmo Brabo da Banda Cultural Recreativa (B.C.R.) Dona da Noite, realiza ações de formação, rodas de conversa nas escolas, formação para diretores de bateria e oficinas de todos os 11 instrumentos de percussão que compõem a bateria de uma entidade carnavalesca. Qualquer pessoa pode participar das oficinas, que ocorrem nas tardes de sábado, na Associação de Moradores do Navegantes II (Assoban).
“Não é preciso fazer inscrição, é só chegar. Esse ano, ao ser contemplados pela Pnab, conseguimos dar uma bonificação aos ministrantes, mas as oficinas já aconteciam desde o ano passado, de forma voluntária, porque a gente entende a importância desse plantio… De preparar essa nova galera que precisa vir para a gente não deixar a coisa morrer”, pondera Gabriel Pinheiro, mestre de bateria da Ritmo Brabo e um dos organizadores da iniciativa, referindo-se à necessidade de incentivar e preparar as novas gerações para perpetuar a tradição carnavalesca.
Registros de oficinas que já aconteceram na Amoban. Fotos: Luis Fabiano Gonçalves/Divulgação
Pinheiro explica que as oficinas de percussão “são pensadas para o Carnaval e ocorrem ao longo de todo o ano para que, ao chegar a hora da festa popular, os integrantes estejam habituados ao estilo da Banda da Noite, com seus arranjos ousados, que requerem uma certa técnica e nível musical”.
A aprovação pela Pnab também viabilizou a compra dos instrumentos para a bateria da Dona da Noite, usados na última edição, na Passarela do Samba, e uma formação aos diretores de bateria que chefiam os diferentes naipes para que tenham melhor didática e mais preparo para lidar com pessoas com deficiências visuais ou neurodiversidades (transtorno do espectro autista - TEA, TDAH, etc.).
Nas rodas de conversa nas escolas, as memórias e causos que compõem a história da B.C.R. Dona da Noite são contadas de forma descontraída, entre momentos de batucada. Na última sexta-feira (19), o projeto esteve na Emef Ferreira Vianna (Porto); antes, esteve duas vezes na APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) e em breve estará no Eeef Nossa Senhora dos Navegantes.

Vini, o mestre de bateria da Ritmo Brabo, ministra oficina de caixa. Foto: Luis Fabiano Gonçalves/Divulgação
As oficinas
Não há limite de idade para participar das oficinas de instrumentos de percussão, mas a faixa etária costuma variar, conforme o instrumento musical. Cada oficina conta com um diretor de bateria (o chefe do naipe), que é o ministrante, e um mestre de bateria, que acompanha o encontro - Pinheiro ou Vinícios Garcia, o Vini, que também ministra oficina de caixa. Desde julho, aconteceram oficinas de marcações, tamborim, repinique, caixa, cuíca, chocalho e agogô. Na próxima edição, no dia 27/9, haverá duas oficinas: surdo de terceira e caixa, a partir das 15h. A Amoban fica na rua Lázaro Zamenhof, 121.
O projeto "Samba da Dona - ações e formações no Navega" tem financiamento da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab) via Secretaria de Cultura do Estado do RS (Sedac). Dentro das ações do projeto, haverá o Baile do Trem pt. 2, no dia 19 de outubro, na quadra da Escola de Samba General Telles, com show da Dona da Noite, Leh Moraes e outras atrações.