Cerca de 210 estudantes do Colégio Pelotense iniciaram 2019 com um objetivo bem definido: conquistar uma vaga na universidade

Preparação e foco são essenciais a alunos do ‘Terceirão’

Cerca de 210 estudantes do Colégio Pelotense iniciaram 2019 com um objetivo bem definido: conquistar uma vaga na universidade
Por Autor desconhecido 26-02-2019 | 16:14:30
Tags:

Se o ano letivo acabou de começar para 30 mil alunos da rede municipal de Pelotas, na maior escola da América Latina, o Colégio Pelotense, cerca de 210 estudantes deram o pontapé inicial para o encerramento de sua vida escolar. Isso porque os discentes estão na primeira semana de aulas do ‘Terceirão’, nome popular usado para definir o último ano do ensino médio – período marcado por expectativas, aumento de responsabilidades e, claro, projetos para o futuro.  

Mais de 210 alunos estão matriculados no 'Terceirão' do Pelotense. Foto: Michel Corvello

Novas perspectivas

Sobre os planos, Nicolas, Yuri e Guilherme, já estão convictos sobre o caminho que desejam trilhar e apostam no ensino que recebem no educandário para levá-los até seus sonhos. Com 16 anos, Guilherme Miltersteiner escreveu sua história escolar no Pelotense, local onde estuda desde a pré-escola. O jovem já tem em mente o que deseja fazer no próximo ano e reconhece que as escolhas de agora possuem um peso maior.

“É um ano de muitas decisões, quando muda o pensamento e as escolhas se tornam determinantes para o futuro profissional. É a etapa final… Já dá pra sentir saudade”, diz Guilherme, que estuda para ingressar no curso de Engenharia Civil.  

Yuri Kruschardt e Nicolas Montelli, de 17 anos, também já têm suas escolhas definidas para 2020: as faculdades de Educação Física e Engenharia Mecânica, respectivamente; o segundo jovem planeja estudar em Rio Grande e trabalhar em São Gabriel. Em relação à preparação oferecida pelo Colégio, os meninos acreditam que ela é importante, mas que não basta sem o interesse do aluno.

Nicolas, Yuri e Guilherme já sabem o que estudar na universidade - Foto: Michel Corvello
“Os professores nos dão a base e o suporte explicando a matéria, mas a gente é que precisa correr atrás… O resultado não depende só deles”, opina Yuri, que credita a docentes, como Tatiane Fernandes, o dia a dia prazeroso em sala de aula.  

De olho no Enem

Neste ano tudo volta-se à realização de provas fundamentais para o ingresso em universidades, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Programa de Avaliação da Vida Escolar (Pave) – esta feita em três etapas, desde o 1º ano do ensino médio.  

“É quando o estudo precisa se intensificar e os professores imprimem um ritmo e um direcionamento diferente em aula. Buscamos técnicas e estratégias que atraiam a atenção dos estudantes’”, explica a professora de Biologia, Tatiane.  

A docente, que leciona no Pelotense há 10 anos, também lembra que a parte emocional é determinante neste período e que a equipe de professores do ‘Terceirão’ busca não só trabalhar a parte teórica, mas também a psicológica, ligada aos exames. “Às vezes, o aluno tem uma bagagem de conhecimento enorme, mas falta inteligência emocional. Por isso conversamos e incentivamos eles; fazemos sessões de filme e ‘aulões’ durante o ano", lembra Tatiane.

Escrever e argumentar

Uma das áreas que mais influencia a nota final do Enem é a redação. Temida por muitos, a produção, além de bem escrita, precisa trazer argumentos sobre assuntos contemporâneos e importantes para a sociedade. Na escola, um texto por semana no modelo da prova é feito pelos alunos, conta a professora de Redação, Karen Althea.  

Professoras de Biologia e Redação imprimem novo ritmo no último ano - Foto: Michel Corvello

“A ideia é que eles estejam preparados para dar argumentos para todos os assuntos possíveis. Isso incentiva que boas discussões aconteçam em sala de aula, o que é saudável. Não tem como prever o tema do ano, mas é necessário que tenham uma visão geral do mundo”, complementa. 

Evolução dos alunos

O diretor do turno da manhã, Carlos Barz, conta que um dos pontos positivos do Pelotense é acompanhar o crescimento e evolução dos estudantes; alguns chegam lá com 4 anos e saem com 20. “A escola tem o papel de prepará-los para a faculdade, para o mercado de trabalho e para a vida. É interessante ver a mudança deles, que começam o 1º ano do ensino médio mais rebeldes e agora precisam ser mais autônomos e independentes”, diz Barz.

O diretor reforça que o controle de assiduidade é uma das ferramentas de disciplina trabalhados pela escola, considerando que isso também é uma forma de mantê-los focados nas responsabilidades. A passagem do fundamental para o médio marca essa transição de postura; de acordo com Barz, a taxa de reprovação no 1º ano chega a 40%, enquanto que a do 3º é muito baixa. “Assusta um pouco porque muda o ritmo e incluem matérias diferentes, como física e química”, exemplifica o aluno Guilherme.

Diretor comenta que a escola é testemunha da evolução dos alunos - Foto: Michel Corvello

Pelotense

O educandário, de 116 anos, é responsável pelo ensino de aproximadamente três mil crianças, jovens e adultos. Apenas de ensino médio, são 21 turmas, nos turnos da manhã e noite, que contam com o envolvimento de 70 professores. Com regime trimestral, a escola delimita que 60% da nota seja atingida para que o aluno seja considerado aprovado.  

Atualmente, mais de 210 estudantes estão matriculados em nove turmas de ‘Terceirão’ - considerando aulas de regime normal, pós-médio e Curso Normal (que habilita os alunos a trabalharem com séries iniciais).

Notícias Relacionadas

Estudantes da EJA Municipal concluem curso de capacitação profissional

Estudantes da EJA Municipal concluem curso de capacitação profissional

Inscrições para a PND iniciaram nesta segunda-feira

Inscrições para a PND iniciaram nesta segunda-feira

Marroni participa da abertura do Robopel 213

Marroni participa da abertura do Robopel 213

SME entrega certificados de conclusão do curso de gestão

SME entrega certificados de conclusão do curso de gestão