Prefeitura prepara megaevento para cultura negra em 2026
Pelotas será a capital brasileira da cultura negra em novembro do ano que vem. A Prefeitura, por meio das secretarias de Planejamento e Gestão (Seplag), Cultura (Secult), Igualdade Racial (Smir), Secretaria de Turismo (SeTur) e gabinete da vice-prefeita, vai realizar em seis diferentes espaços no município, incluindo praia e zona rural, a Festa da Cultura Negra. Orçado em R$ 5 milhões, o evento promete trazer inúmeras atrações nacionais e internacionais, distribuídas em diversas temáticas - com a música como a principal delas nessa primeira edição. Mas não apenas: a Festa abrirá espaço também para dança, moda e culinária. Detalhe: toda a programação será gratuita.
Em imagem de arquivo, de julho deste ano, o secretário de Igualdade Racial, Júlio Domingues, fala no auditório da Faculdade de Direito da UFPel, durante a Conferência Municipal da Igualdade Racial. Prefeitura promove em novembro do ano que vem a Festa da Cultura Negra em Pelotas
Dona de uma expressiva parcela da população de ascendência afro-brasileira, o que confere ao município um genuíno perfil de cultura popular, Pelotas terá a oportunidade de mostrar no evento esta riqueza que para muitos ainda é desconhecida. Para o prefeito Fernando Marroni, apenas esta realidade já justifica a realização da Festa.
“Firmar Pelotas como polo irradiador do legado negro é extremamente importante para nós, que seja também um passo enorme na emancipação contra o racismo”, disse o prefeito Fernando Marroni. Conforme ele, embora a 12 meses da realização, dentro da Prefeitura a Festa é realidade. “As discussões estão muito avançadas com financiadores de peso e estamos absolutamente confiantes de que teremos recursos - a todos que apresentamos o projeto as reações são de encantamento”, disse.
A vice-prefeita Daniela Brizolara reforça. Negra e cantora popular que sempre procurou contribuir com o legado cultural da tradição afro-brasileira no município, ela não consegue imaginar uma iniciativa dessa magnitude em outra cidade. “Temos vários segmentos da cultura onde pessoas negras têm um ótimo trabalho artístico, não só na música, acho que é um momento do mundo conhecer a potência da negritude pelotense.”
Para além do Centro Histórico
O Largo do Mercado Central, no Centro Histórico, não será o único espaço a receber a extensa programação, que será distribuída por 14 dias seguidos no município. A primeira edição da Festa da Cultura Negra vai se espalhar por outras cinco regiões da cidade, já definidas no projeto: Museu da Baronesa (bairro Areal), vila Farroupilha (Fragata), praia do Laranjal, Associação Rural (Três Vendas) e Grupelli (zona rural).
E essa descentralização é apenas um dos eixos que compõem o evento. Os outros são as relações com o Estatuto da Igualdade Racial, com o Plano Nacional da Cultura, com políticas de cooperação internacional, principalmente com países da África e Caribe, e com os objetivos do desenvolvimento sustentável.
O secretário de Igualdade Racial, Júlio Domingues acredita que a Festa está à altura do papel que Pelotas representa na cultura negra do País. “Pelotas é um dos marcos da presença negra no Brasil, com influência considerável na cultura da cidade, com uma série de ativistas, artistas, diversidade de manifestações populares - contar com uma festa que exalta esses valores e contribuição vai ser um marco não só na história da cidade, mas para muito além dela”, afirma.
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