Prefeitura faz operação para retirada de carne putrefata de frigorífico falido
A Prefeitura organizou ontem(4) uma operação especial para remover as 20 toneladas de carne, em adiantado estado de putrefação, que estavam abandonadas no interior das câmaras do Frigorífico Sandro Agro Pastoril. “Esta empresa privada faliu e deixou a carne estocada, porque desligaram as câmaras frias”, explica o secretário de Serviços Urbanos, Milton Martins, que comandou a força tarefa na retirada do material. Máscaras, botas e roupas especiais não foram suficientes para que a equipe realizasse a operação. Segundo o secretário, na sexta-feira(1º) a empresa Refribrás foi contratada pela Prefeitura para acionou o sistema da câmara fria que já não funcionava mais. “Precisávamos de uma temperatura de –20 graus para efetuar a retirada da carne, já que o mau cheiro era insuportável”, explica ele. No mesmo dia foram retirados seis caminhões de sangue e levados para o aterro sanitário e colocada à amônia necessária para que o sistema efetuasse o congelamento do material em decomposição. Um efetivo de dez homens trabalhou na mau-cheirosa operação, que contou com o auxílio de um caminhão hidrojateador, quatro caçambas e uma empilhadeira cedida pelo Macro Atacado Treichel. “Por total irresponsabilidade da antiga direção da empresa o município foi demandado judicialmente para executar este trabalho”, explica o procurador Geral do Município, Salvador Mandagará Martins. Segundo ele o Município não tem obrigação nenhuma de fazer atividades internas em agentes privados, seja ele em estado de falência ou não. “Na medida em que a situação já estava constituída se atribuiu ao município a tarefa de tomar medidas que prevenisse qualquer prejuízo a saúde pública. A responsabilidade por constituir a situação é inteiramente da empresa que faliu e do síndico da massa falida”, ratifica. A equipe da secretaria de Serviços Urbanos entrou a concluindo a retirada do material que teve como destino final o aterro sanitário.“Numa situação de emergência muitas vezes não se consegue fazer o ideal, pode-se fazer o possível e foi o que fizemos”, finaliza Milton Martins.