Prefeitura conversa com ambulantes senegaleses

Por Divulgação 30-06-2016 | 00:00:00
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Uma reunião entre a prefeitura de Pelotas e representantes dos senegaleses que atuam como ambulantes no Centro da cidade foi realizada na tarde desta quinta-feira (30/6/2016), no Paço Municipal, para buscar uma solução para a situação dos imigrantes, de forma a tirá-los da ilegalidade. Diversas propostas apresentadas devem ser amadurecidas, a partir de agora, em uma parceria que também envolve universidades e organizações sociais. A vice-prefeita, Paula Mascarenhas, falou sobre a situação do comércio informal em Pelotas, e sobre a disputa de território que a cidade vivia entre os ambulantes e os lojistas, até a instalação do Pop Center. Para ela é inconcebível a possibilidade de um retrocesso, já que a solução é resultado de um processo longo, difícil, com muito diálogo e sem conflitos, que envolveu recursos públicos e foi uma importante conquista da comunidade. Paula enfatizou que as ações de fiscalização não tinham o objetivo de perseguir os senegaleses, mas de manter a conquista. A advogada representante dos senegaleses, Maciana Hofs, garantiu que eles estão dispostos a colaborar. Cerca de 55 senegaleses – todos homens e com documentação regularizada – vivem atualmente em Pelotas, em pequenas “repúblicas” de cinco ou seis pessoas. A maior parte tem trabalhos temporários. Em torno de 20 trabalham com o comércio informal sempre que ficam sem trabalho formal ou depois do horário do comercial. A maioria manda dinheiro para as famílias que ficaram no Senegal. Entre as propostas dos visitantes estava uma feira permanente de arte senegalense, uma semana da cultura senegalense, a criação de pontos onde pudessem vender seus produtos e a facilitação para o aluguel de bancas no Pop Center – já que eles não têm fiador e a caução exigida é considerada alta. Paula apoia a ideia do artesanato produzido por eles, que seria diferente das mercadorias hoje comercializadas. Apesar de entender a necessidade de que se encontre uma solução para eles com a máxima brevidade, ela destaca que o comércio informal em espaço público é um ato ilegal, venha de brasileiros, de senegaleses ou pessoas de qualquer nacionalidade. Assim solicitou ao secretário de Cultura (Secult), Giorgio Ronna, que siga o diálogo na busca por pontos de venda de artesanato e da possibilidade de uma feira permanente, além de ter se manifestado a favor de atividades culturais. A vice-prefeita também se comprometeu a contatar a administração do Pop Center e o Sebrae para auxiliar os interessados em alugar uma banca e buscar soluções alternativas até a próxima reunião, que deve ocorrer em duas semanas. Apresentou, ainda, a alternativa do Restaurante Popular, uma opção de baixo custo para alimentação – R$ 1 por refeição. Participaram da reunião os secretários de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana (SGCMU), Gilberto Cunha; de Justiça Social e Segurança (SJSS), Luiz Eduardo Longaray; a mestranda em Antropologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Simone Assis; o integrante da Comissão dos Diretos dos Imigrantes Africanos e do Centro Cultural Marrabenta, Vinícius Britto Moraes; e os senegalenses Sidy Nianr, Amdy Mustafa e Asis Gueye. Representantes dos ambulantes locais também acompanharam a reunião com os senegaleses e devem tornar a se reunir com a vice-prefeita no dia 11 para discutir a ocupação do espaço público.

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