
Pelotense relata experiência de escalar o Monte Everest
Às 7h10min do dia 21 de maio de 2016, o pelotense Cristiano Müller entrou para a história como o 16º brasileiro e o 2º gaúcho a chegar, literalmente, ao topo do mundo, no Monte Everest. A experiência de superação e coragem, enfrentando condições rigorosas e a temperatura extrema – que chegava a -50º C –, foi tema da palestra do alpinista, na noite desta terça-feira (29), no Pelotas Parque Tecnológico, organizada pela Secretaria de Desenvolvimento, Inovação e Turismo (Sdeti).
Fotos: Gustavo Vara
Entre os mais de 80 inscritos no evento – que arrecadou alimentos não perecíveis destinados à comunidade terapêutica Casa do Amor Exigente (Caex) –, a prefeita Paula Mascarenhas também acompanhou a exposição de Müller e destacou que a experiência do pelotense serve de inspiração. “Cada um de nós tem os seus desafios, tanto pessoais quanto profissionais, para superar. Apesar de palavras e gestos comoverem, são os bons exemplos que nos motivam e estimulam”, reforçou Paula.
Aos 40 anos, o pelotense trabalha agora no projeto ‘No topo do mundo: conquistando o seu Everest’, que consiste na realização de palestras e consultorias, e na organização de novas expedições ao topo do mundo, ao atuar como guia de centenas de montanhistas. Em sua narrativa, Müller relatou os obstáculos e perigos enfrentados ao longo dos 74 dias percorridos até o alto da montanha, e enfatizou números que mostram a importância do seu feito.
Entre eles, a ida de, aproximadamente, 4 mil pessoas até o Monte e a morte de 282 pessoas ao tentar escalá-lo (dados registrados até 2016). O frio extremo também foi apontado como um grande desafio. De acordo com ele, não é incomum que esportistas percam extremidades do corpo, como nariz, dedos e orelhas, ao ficarem expostos às temperaturas negativas.

Cristiano Müller em uma de suas expedições pelo mundo. Foto: Arquivo pessoal
Todavia, os mais de 8.800 metros de altura não foram barreira para a realização deste sonho, ele afirma. Treinamento físico e técnico, além de expedições preparatórias, fizeram parte do ano que precedeu a ida ao Everest, que foi acompanhada por outros sete alpinistas norte-americanos. No topo do mundo, o pelotense esteve por cerca de 40 minutos; tempo necessário para aproveitar o sentimento de vitória e desfrutar de uma vista privilegiada, que só o cume da montanha mais alta do planeta proporciona.
A aventura de Cristiano Müller, em breve, ficará ainda mais conhecida no Brasil e no mundo. Isso porque o alpinista, que também atua como gerente de projetos do setor de energia, lançará um livro e um documentário sobre sua história de superação. Os secretários da Sdeti, Gilmar Bazanella, e de Desenvolvimento Rural, Jair Seidel, além da diretora executiva do Parque Tecnológico, Rosâni Ribeiro, também prestigiaram a palestra.