
Pelotas entra na cadeia nacional contra câncer de colo de útero
O secretário da Gestão do Trabalho em Saúde, Felipe Proenço estará em Pelotas nesta sexta-feira (15), às 10h, para anunciar o novo protocolo e diretrizes para o rastreamento do câncer do colo do útero. Acompanhado do prefeito Fernando Marroni e da secretária de Saúde Ângela Moreira Vitoria, ele visitará a Ubs Guabiroba, que iniciará a nova tecnologia no sus de rastreio de câncer de colo de útero por coleta de PCR para HPV. Às 11h atende a imprensa na UBS, e às 13h, será realizada reunião com presença de representantes dos hospitais e das universidades.
O rastreio terá nova forma, com coleta de Papilomavírus Humano (HPV), não se limitando ao tradicional exame citopatológico. A atividade com o Ministério será ao vivo com diversas localidades do Brasil e participação direta do ministro Alexandre Padilha. Pelotas fará parte da cadeia nacional, com a secretária de Saúde, Ângela Moreira Vitória, em sala instalada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Guabiroba.
“Esse exame é uma inovação em tecnologia no SUS e terá experiência de implementação em todo o Brasil. Pelotas será um dos municípios pioneiros da experiência. Estamos seguindo em frente e determinados no propósito de reduzir filas de espera em todas as áreas da saúde e, antes mesmo de implementar oficialmente medidas locais para este fim, com lançamento previsto para o mês que vem, já estamos avançando com adesão a grandes programas”, enfatiza o prefeito Fernando Marroni.
Após o lançamento do programa, nas UBSs Guabiroba e Py Crespo - a saúde pública local partirá para implantação do processo. “Definição de protocolos e de quais UBSs disponibilizarão o exame estão na pauta da Secretaria para definições imediatas. Podemos adiantar que o novo exame é indicado para mulheres com idades a partir dos 25 anos e permite autocoleta”, informa a secretária Ângela Vitória.
O médico da Prefeitura e mestrando em Biotecnologia pela UFPel, Thales Aguiar, trabalha com o desenvolvimento de novas tecnologias para diagnósticos moleculares em humanos e explica que “o teste detecta os HPVs de alto risco oncogênicos. Ele não detecta a lesão do colo de útero, mas, sim, o principal fator etiológico do câncer cervical, que é a infecção pelo HPV. Este método molecular já foi validado internacionalmente em estudos multicêntricos, com evidências robustas de efetividade no rastreamento, sendo a forma de rastreio preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Utiliza-se de um swab – coleta de material biológico com um cotonete/haste flexível -, recorrente para coleta de material nasal na época da pandemia da Covid-19. A mulher, cujo teste não tiver detectado HPV, só precisará repeti-lo em cinco anos, não mais a cada três anos, conforme era indicado para mulheres sem lesões no antigo método citopatológico. Este novo método representa um avanço significativo em saúde pública, oferecendo uma estratégia de prevenção mais efetiva para as mulheres.”
A Saúde acredita que o sistema de autocoleta poderá ampliar o número de mulheres rastreadas por facilitar o procedimento. Dos cânceres de colo de útero, conforme a Fiocruz, há estimativa que 90% estejam relacionados ao HPV. Já existem dados que apontam que, se 80% das mulheres entre 25 e 64 anos fizerem rastreio, a mortalidade por esse diagnóstico reduziria significativamente.
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