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Oficina de Sopapo da SPE lota auditório do Assis Brasil

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Por Divulgação 19-11-2010 | 00:00:00
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Dentro da programação alusiva à Semana da Consciência Negra do Município, a Secretaria de Projetos Especiais (SPE), em parceria com o SESC, realizou, na tarde desta sexta-feira (19), uma Oficina de Sopapo, dirigida aos alunos do Curso Normal do Instituto de Educação Assis Brasil. A programação, que teve início às 14h, lotou as dependências do auditório da instituição de ensino e contou com a presença das Bandas Bataclã FC, Coletivo Catarse, Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo e Ponto de Cultura Ventre Livre. Segundo o integrante da Bataclã, Lucas Kinoshita, a oficina tem como principal objetivo capacitar os alunos do Curso Normal da instituição no que diz respeito à história do sopapo e do negro no Rio Grande do Sul. O foco do encontro é parte integrante do trabalho desenvolvido pela escola com vistas ao cumprimento da Lei 10.639. Lucas explica, ainda, que os quatro grupos participantes da oficina estão, em conjunto, finalizando um documentário que tem como tema o tambor e denomina-se “O Grande Tambor”, com lançamento marcado para o mês de dezembro, em Pelotas. Ainda dentro das comemorações da Semana da Consciência Negra, a Banda Bataclã realizará show musical com projeção de vídeo no Parque D. Antônio Zattera. A programação acontece neste sábado, a partir das 21h. Sopapo – instrumento musical semelhante a um tambor. Os primeiros exemplares surgiram, no Município, no ciclo do charque, período em que uma gama significativa de homens e mulheres negros veio, escravizada, para o trabalho nas charqueadas. À época, o instrumento era confeccionado tendo como base o couro de cavalo e troncos de árvores nativas da região. Medindo aproximadamente 1 metro e meio de altura por 60 cm de diâmetro, o sopapo é parte da identidade gaúcha, à medida que remete à construção do estado através da história do trabalho, valorizando a contribuição afrodescendente num estado costumeiramente associado à Europa através da imigração italiana e alemã, dentre outras. Ao longo do século XX o sopapo foi incorporado aos festejos de rua em cidades como Rio Grande e Pelotas, chegando à cidade de Porto Alegre na década de 60.

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