Indústria de Conservas Schramm é a maior fabricante de conservas de pêssego do país
Com uma produção de 300 mil latas de pêssego por dia, em época de safra, a Indústria de Conservas Schramm é hoje a maior produtora e fabricante de conservas de pêssego do país. Os 600 hectares de pessegueiros, distribuídos entre dois pomares, fornecem 75% da matéria prima das frutas processadas pela empresa. O restante do pêssego é comprado de pequenos produtores rurais do Morro Redondo, Pelotas e Canguçu. O prefeito Fernando Marroni, os secretários de Finanças, Marcos Bosio, e Desenvolvimento Rural, Ellemar Wojahn e o presidente do Centro das Indústrias de Pelotas, Roberto Penteado, visitaram a fábrica a convite do proprietário, Carlos Otto Schramm, precursor da tradição conserveira que já está na terceira geração da família pelotense. “É um orgulho para nossa cidade sediar uma empresa que produz mais de 15 milhões de latas por safra e abastece grande parte da região sul, sudeste e centro-oeste com um produto que é a marca da nossa região”, destacou Marroni. Além disso, gera trabalho e renda para 900 funcionários em época de safra, como é o caso de dona Eni da Silva Caldeira. O sobrenome já traduz o ofício desta doceira que há 15 anos é responsável pela produção da pessegada e geléia da empresa. “Tenho o maior orgulho em fazer parte dessa empresa e cuidar de cada passo para que o produto tenha sempre a qualidade que primamos”, orgulha-se a funcionária. Com o mesmo tempo de empresa, Aldo da Silva Vieira está no ramo há 24 anos e demonstra satisfação em trabalhar com o pêssego. “É um produto que gera trabalho e renda desde a plantação até chegar ao consumidor final”, lembra. A empresa também industrializa abacaxi, figos, pepinos com as marcas Schramm e Vó Otília. Carlos Otto Schramm agradeceu o apoio dado pelo prefeito durante o período em empresários conquistaram um crédito presumido de 5% sobre o ICMS para todo o pêssego em conserva que deixar o Rio Grande do Sul rumo a outros estados. “Isso dá chances para que o produto chegue ao consumidor com preços até 10% menores e possibilita maior competitividade igualdade com empresas de São Paulo e Minas Gerais que já têm incentivo semelhante”, lembrou Marroni. O crédito presumido também abre a porta para as empresas voltarem a investir na diversificação de suas produções, já que o desconto do imposto também será aplicado a outras frutas. PROCESSO - Em visita à fabrica de 12 mil metros quadrados de área construída o prefeito acompanhou as etapas de produção do pêssego. A primeira etapa é a classificação e lavagem da fruta. Após a classificação por tamanho, são encaminhadas ao descaroçamento, em equipamentos automáticos de grande capacidade. A pelagem e lavagem é a próxima etapa do processo. Neste momento as frutas ingressam nas esteiras de seleção, transportadas em água para evitar a oxidação. O processo é explicado detalhadamente pelo proprietário e pelo sócio da empresa, Paulo Alvacir Luche Silva. “Após essa fase o pêssego passa a ser selecionado manualmente, atentando para coloração e textura da fruta”, explica Paulo. Os pêssegos perfeitos são canalizados para o enlatamento imediato e após a colocação de calda e exaustão. O fechamento automático é o passo seguinte, e logo as latas são submetidas ao processo de pasteurização e banho contínuo. Finalmente estão prontas para serem encaixotadas e inspecionadas para distribuição aos consumidores. COMEÇO – No ano de 1900, Carlos Frederico Schramm ganhava a vida como funileiro e resolveu plantar pêssego para aproveitar as latas que fazia. Não poderia imaginar que a pequena produção artesanal de pêssego hoje seria a indústria de modernos processos que o neto administra. Foi na década de 60 que passou a se chamar Indústria de Conservas Schramm, tendo como lastro a tradição conserveira semeada há anos pelo avô.