Gestão municipal reduz gastos com PGQP e adesão ao MBC
Em reunião com o prefeito Adolfo Antonio Fetter, o diretor-presidente do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Cláudio Gastal, comunicou os principais resultados da entidade. De natureza privada, sem fins lucrativos, o MBC, com quem a prefeitura de Pelotas firmou convênio visando à otimização da administração, contabilizou ganhos de R$ 8 bilhões para os cofres de dez estados e duas prefeituras. “São valores que, em um ano e meio, deixaram de ser despesas e passaram a constituírem-se em investimentos de diversos órgãos públicos”, explica Gastal.
No esteio da iniciativa, o prefeito Fetter projetou cifras que oscilam entre R$ 8 e R$ 10 milhões ao ano para aplicação em ações de todas as áreas. Segundo o chefe do Paço Municipal, a assinatura do contrato, em operação conjunta com a prefeitura de Rio Grande, consiste em medida complementar à execução do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP).
“No município, já derrubamos, com o PGQP, os gastos mensais da marca de R$ 3,5 milhões para R$ 1,5 milhões, ou seja, menos da metade”, enfatiza o prefeito. Quanto à análise macro do Programa de Gestão Pública, cujo incentivador é Jorge Gerdau Johannpeter – atual presidente do Conselho Superior –, Fetter destaca a geração de mais de R$ 5,4 bilhões de proventos para R$ 37,5 milhões de recursos investidos somente em projetos do setor público.
O “pulo do gato”, ilustra o prefeito, na tentativa de concretizar a economia de R$ 15 milhões em 18 meses, foi a associação, neste semestre, com o governo de Rio Grande a fim de diminuir os custos do projeto do MBC. “Com o decréscimo da receita, por conta dos reflexos da crise mundial de 2009, não teríamos dinheiro em caixa para arcarmos sozinhos. Além disso, acreditamos na adesão da iniciativa privada, que é sempre beneficiada com a qualificação da cidade”, avalia.
No que diz respeito às despesas em Pelotas, executivos do Movimento Brasil Competitivo já realizaram a coleta de todos os dados; a reunião das informações de hora extra dos servidores; o levantamento dos parâmetros de gastos com combustíveis, telefonia fixa, energia elétrica e água; o preenchimento de planilhas de avaliação dos contratos de maior valor; e diversas reuniões com prefeitos e secretários.
Em concordância com as ponderações de Fetter, Gastal empolgou-se com o potencial do segmento governamental, afirmando que “todo o Brasil tem uma mina de ouro sob os seus pés: a busca da gestão pública”. O círculo, acrescenta Fetter, é virtuoso: minoração dos dispêndios, com a simultânea elevação dos rendimentos, gera maior capacidade de investimentos que, quando concretizados, oportunizam melhores resultados ao governo.
Na ocasião do encontro, em que ambos alinhavaram ações futuras, o diretor-presidente do MBC detalhou o trabalho em parceria com o secretário executivo do PGQP no Estado, Luiz Ildebrando Pierry, em que metade dos esforços concentra-se no segmento público. O desafio apresentado às prefeituras de Pelotas e Rio Grande está calcado na alavancagem da capacidade de poupança, cujos índices no País são de 40% na seara pública e 60% no nicho privado.
“Instituições governamentais têm de sair das marcas baixas de 19% de investimento sobre esses 40% de verba disponível”, advoga Gastal. Conforme o executivo, somente com a mudança da cultura atual é que se poderá pensar no crescimento de 4 a 5% ao ano. O MBC focou o planejamento na determinação de metas mensais de arrecadação, PIB e de renda per capita.
Concluindo o diálogo com o chefe do Executivo, o diretor parabenizou a arrancada da gestão pública do Município com a implantação do PGQP, o que a fez estar na frente, em termos de fôlego financeiro, de Rio Grande. “Vamos acompanhar meta por meta daqui a três meses”, antecipou ao prefeito. A fim de potencializar e melhorar os resultados, deverá compor uma comissão com o empresariado tendo em vista o incentivo à participação em ambos os programas.
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