Prefeitura Municipal de Pelotas

Desde a quarta-feira (22), quando chuvas em excesso e muitas vezes contínuas se verificaram no município, alagamentos se formaram em diversas áreas mais baixas da cidade, como na região da Ceval, vila Farroupilha, avenida Francisco Caruccio, Colina do Sol, avenida Brasil e imediações no bairro Simões Lopes e outras. O acúmulo de água é consequência das fortes precipitações nas últimas 48 horas, cujo volume superou o esperado para todo o mês. De quinta-feira (23) pela manhã até as 13h desta sexta-feira (24), o pluviômetro da barragem Santa Bárbara registrou o acumulado de 87 milímetros de chuva. Apesar do volume, sistema de drenagem está funcionando.

Desde a noite de quinta-feira (23), a Defesa Civil começou a receber pedidos de ajuda de moradores da vila Farroupilha. Até as 17h desta sexta-feira, 25 famílias foram removidas de suas casas, sendo três conduzidas para abrigos do Município e 22 que optaram por se alojar em residências de amigos ou familiares.

Famílias foram para abrigos da Prefeitura ou casas de conhecidos - Fotos: Divulgação/Defesa Civil

A parte mais baixa de sete ruas da vila Farroupilha, entre a Jornalista Salvador Hitta Porres e a Eduardo Guimarães, estiveram monitoradas pela Defesa Civil, com participação do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui). “No início dos trabalhos de remoção das famílias, utilizamos caminhonete. No entanto, em áreas mais afastadas em direção à margem da avenida Presidente João Goulart, foi necessário barco dos Bombeiros”, relata o coordenador municipal da Defesa Civil, Eduardo Tejada, acrescentando que, além das pessoas que fizeram contato direto, solicitando auxílio para remoção, outras famílias também deixaram a região por iniciativa própria.

Bombeamento a pleno

De acordo com o Sanep, o aparato de bombeamento funciona a pleno, inclusive com quatro bombas-trator somadas às duas fixas da casa de bombas Farroupilha. O sistema está operando para dar vazão, com velocidade menor do que a habitual, porque o corpo receptor, responsável por conduzir as águas para fora da cidade, é o canal São Gonçalo, que está com o nível muito acima do normal. A autarquia reforça a informação que o sistema de drenagem está operando para providenciar o escoamento dessas águas.

Zona rural

A zona rural de Pelotas, igualmente atingida pelos volumes de chuva fora do comum, conta com estradas comprometidas. “Temos equipes e máquinas, mas não há como empreender trabalhos de recuperação porque o solo está encharcado. Para patrolar, reforçar pontos críticos com material e reestruturar os leitos é preciso parar a chuva e aguardar que o excesso de água seja absorvido. Nas condições atuais, a manutenção é inviável”, explica o secretário de Desenvolvimento Rural, Romualdo Cunha Júnior.

Na estrada da Galateia, único acesso por terra à Colônia de Pescadores Z3, 2º distrito de Pelotas, equipes da Secretaria de Desenvolvimento Rural concentraram esforços para viabilizar o trânsito, abrindo sulcos para escoamento da água armazenada no leito.

Zona urbana

Equipes da Ssui atuam em diversas frentes. Um dos focos é o trabalho de aprofundamento de valetas, com a finalidade de otimizar o fluxo das águas. A atividade foi executada em pontos do Dunas, Pestano, Getúlio Vargas, vila Governaço, estrada da Barbuda e Cohab Lindoia.

Recolhimento de entulhos e aprofundamento de valetas auxiliam no escoamento - Fotos: Divulgação/Ssui

Segundo a secretária Lúcia Amaro, também é realizado trabalho de recolhimento de lixo e entulhos acumulados de forma paralela às bordas de canais, visando promover fluidez ao escoamento das águas e evitar prejuízos até mesmo a casas de bombas. Nesta sexta-feira, a remoção dos excedentes foi feita nas avenidas Bento Gonçalves e Cidade de Rio Grande e Balneário dos Prazeres.