É conversando...que a gente se entende analisa Nietzche
No projeto “É conversando que a gente se entende” de hoje(24), a partir das 18h, no foyer do Theatro Sete de Abril, o professor Claudemir Luis Aralti estará falando sobre Nietzche. Com a pergunta “Para que filósofos em tempos de decadência?” o professor questiona o porquê de ler e conversar sobre Nietzsche. A resposta pode estar nas palavras do escritor Ítalo Calvino que acredita que a obra de Nietzsche não tenha terminado de dizer aquilo que tinha para dizer. “Há mais ídolos do que realidades no mundo”. Com essa frase retirada do livro “Crepúsculo dos Ídolos”, último que Nietzche publicou em vida, se percebe a medida ou a desmedida desse discurso. Segundo Claudemir Luis Aralti, doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), com tese a respeito de Nietzsche , deve testar esta frase à luz do que somos, que é, como disse o próprio Nietzsche, aquilo em que nos tornamos. “Mas devemos testá-la, sobretudo, para abrir um espaço a partir do qual outra pergunta possa surgir: como é possível não sermos mais o que nos fez e que nos trouxe até aqui?”, finaliza. Friedrich Nietzsche nasceu na Prússia em 1844. Aos 14 anos entrou para o colégio interno e se dedicou à teologia, filologia clássica, sendo influenciado por Kant, Schopenhauer e pelo compositor Richard Wagner. Distinguiu-se tanto em seus estudos que foi indicado aos 24 anos para a cadeira de Filologia, em Basel. Em 1889, Nietzsche, incapaz de suportar a visão de um cavalo sendo açoitado, sofreu um colapso mental. Ficou clinicamente perturbado pelo resto de seus dias, morrendo aos 44 anos. Nietzsche é insuperável em seu discernimento e sua crítica poderosa do ambiente moral no século XIX. Ele enfatiza o "desejo de poder" que é a base da natureza humana, o "ressentimento" que nasce quando é negada essa base na ação, e a corrupção da natureza humana encorajada por religiões como o cristianismo, que se alimentam do ressentimento. Ele introduziu também o conceito do Ubermensch (o Sobre Humano) ou Superhomem - aquele que tem o domínio sobre suas paixões, superou a agitação sem rumo da vida comum e deu ao seu próprio caráter um estilo criativo e individual. O “É conversando que a gente se entende” é promovido pela secretaria de Cultura, tem entrada franca, e acontece sempre às quartas-feiras no foyer do Theatro Sete de Abril.
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