Comunidade Renascer solicita leitos para dependentes químicos

A ampliação de leitos para dependentes químicos e usuários de crack foi tema da reunião hoje (23) pela manhã do prefeito Adolfo Antônio Fetter com os coordenadores da Comunidade Terapêutica Renascer, Flávio Luiz Vaz e Rogério Afonso Amaral. A Comunidade funciona no Monte Bonito, no Passo do Pilão, foi criada há dois anos, atende 38 dependentes químicos e mais grupo de apoio a familiares, totalizando mais de 300 pessoas. Os dois coordenadores foram encaminhados para audiências com a secretária da Saúde (SMS), Arita Bergmann, para ver a possibilidade de aumento de vagas através do Sistema Único de Saúde (SUS), e com a secretária de Cidadania e Assistência Social (SMCAS), Berenice Nunes, para ver se existe algum tipo de convênio no qual a entidade possa se encaixar. O prefeito ressaltou também que um dos caminhos seria o Programa de Prevenção à Violência (PPV), que abriga representantes de sete secretarias e é coordenado pela Secretaria da Saúde. A comunidade poderia se inserir em algumas atividades coordenadas pelo programa. Fetter salientou que, informação publicada em jornal local, dá conta da intenção do governo federal em fazer um Centro de Referência voltado ao tratamento do Crack, e que a Universidade Federal seria um dos referenciais no Brasil. A maioria dos pacientes atendidos na Comunidade Terapêutica Renascer é oriunda da zona urbana de Pelotas, adianta Vaz. Eles passam por um período de três meses de desintoxicação, passando após para um trabalho de nove meses de adaptação e resgate da autoestima. Uma equipe multiprofissional trabalha no local, composta de médico, terapeuta, psicólogo, coordenadores e monitores. “O tratamento ensina que, para se libertar do vício, as pessoas precisam uns dos outros e principalmente acreditar em um poder maior”, argumenta Vaz. Na comunidade, são executadas diversas tarefas como cuidar das hortas, leitaria, padaria, cozinha e obras de manutenção, sempre em trabalho rotativo.