Comunidade escolhe nome da Escola do Dunas Novo
Nesta sexta-feira (19), a comunidade do Dunas participa da escolha do nome da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dunas Novo. O processo acontecerá durante todo o dia, das 8h às 19h30. Além de pais, professores e funcionários, estão aptos a votar os alunos de 5ª à 7ª série. Foram sugeridos dois nomes, o do jornalista Deogar Lopes Soares e o da escritora Rachel de Queiroz, ambos falecidos em 2003, ano de inauguração do educandário . Os nomes foram sugeridos pelos pais dos alunos que durante esta semana estarão visitando as salas de aula para esclarecer a importância e contribuição de cada homenageado à cultura local e nacional, respectivamente. “É o exercício da cidadania. Ao invés de ter o nome determinado, a comunidade escolar terá o direito de escolher”, esclarece a diretora da escola, professora Nara Lisete da Rocha Pereira. A escola atende aproximadamente 450 alunos matriculados em turmas de pré a 7ª série e ainda não possui 8ª série, prevista para ser implementada ainda este ano. INVESTIMENTOS – Inaugurada em julho de 2003, a construção da escola recebeu investimentos de R$ 680 mil, num total de 1,6 mil m² de área construída. Compreende oito salas de aula, duas salas de pré com banheiros, um pátio coberto para pré-escola, biblioteca, laboratórios de ciências e informática, setor administrativo com sala de professores, secretaria, direção e depósito, cozinha, refeitório, despensa, vestiário, quatro banheiros com acesso para deficientes físicos – dois masculinos e dois femininos –, área para educação física com vestiário para alunos e professores, pátio coberto, área de circulação coberta e auditório para 90 pessoas. BIOGRAFIAS: Rachel de Queiroz – Nasceu em Fortaleza, Ceará, em 17 de novembro de 1910. Em 1930, aos 20 anos de idade, publica seu primeiro romance, “O Quinze”, retratando a seca que assolou o nordeste brasileiro no início do século 20. Escreve “João Miguel” (1932), “Caminho das Pedras” (1937), “As Três Marias” (1939), “Dora Doralina” (1975), “O Galo de Ouro” (1985), e “Memorial de Maria Moura” (1992), considerada sua obra-prima, além das peças de teatro “Lampião” (1953) e “A Beata Maria do Egito” (1958). Trabalha nos jornais “O Ceará”, “Diário de Notícias”, “O Jornal” e na revista ”O Cruzeiro”. Em 1957 recebe o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra. Em 1977 torna-se a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras (ABL), tradicional reduto masculino. A partir de 1988 passa a escrever colunas semanais para os jornais “O Estado de S. Paulo” e “Diário de Pernambuco”. Em 1993 recebe em Portugal o Prêmio Camões, o maior galardão da língua portuguesa. Morre em novembro de 2003, no Rio de Janeiro, poucos dias antes de completar 93 anos. Deogar Lopes Soares nasceu em Arroio Grande, em 1º de janeiro de 1936, primogênito numa família de quatro irmãos, viveu em Pelotas desde os 13 anos. Estudou no Colégio Gonzaga e, bem jovem, começou a trabalhar em jornais e emissoras de rádio.Começava a surgir o jornalista-radialista que se fez conhecido pelo texto elaborado e quase sempre poético –especialmente na crônica diária (Vôo Livre), que manteve por dez anos na Rádio Alfa FM. Em meio à trajetória, como jornalista surge uma nova paixão: a fotografia. Fotos artísticas e exclusivamente em preto e branco, interesse e paixão compartilhada com um largo grupo de amigos – uma confraria que praticava a mesma linha e concepção de fotografia. É o resultado desta fase artística (início dos anos 60 até 1981) de Deogar que compõe a mostra Deogar em Preto & Branco, em exposição no Espaço Cultural Kiosko, no calçadão da rua Andrade Neves. Humanista de sólida convicção elege-se vereador em 1996, bem antes do fim do mandato já anunciava que não disputaria a reeleição. A razão não escondia de ninguém: seu humanismo não se adaptava aos contornos do espaço da política institucional.