Como Pelotas chega aos 193 anos
“Pelotas precisa e terá um planejamento para os próximos dez ou vinte anos”, garante o secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Mário Santos. E, para tanto, destaca, o prefeito Bernardo de Souza já criou as ferramentas legais, em especial os marcos regulatórios, até então inexistentes. Os incentivos Fiscais, Materiais e Financeiros estão previstos no Programa Desenvolver Pelotas (Lei 5.100/05), e as Parcerias Público-Privadas (PPPs) vieram com a Lei 5.115/05. Além disso, o governo está criando uma sinergia com o setor privado que será a Agência de Desenvolvimento, com a agilidade de uma instituição privada para atrair e negociar. “A atual gestão tem a exata consciência do papel da Administração Pública, que é o de criar ferramentas legais, gerar projetos e buscar recursos”, frisou Santos, acrescentando: “Nenhum governo, nas últimas três décadas, havia realizado um planejamento estratégico para definir as prioridades dentro das incontáveis potencialidades e possibilidades que oferece nosso Município aos empreendimentos que aqui queiram se estabelecer. Os focos para o desenvolvimento de Pelotas, segundo o plano de governo, passam por três linhas de ação: a dinamização das atividades tradicionais; a melhoria e adequação da infra-estrutura e a diversificação e qualificação de atividades produtivas. Pelotas, aos 193 anos - Pelotas completa hoje (07) 193 anos tendo como setor em destaque os serviços, que detém 59% das atividades, e a indústria, com 24%, além do comércio, 12% e da agropecuária, 5%. A especialização funcional da população economicamente ativa está em sua maior parte no setor Terciário (comércio e serviços): 55,6%; no setor Secundário, são 29,6% e no Primário (agricultura/pecuária/extrativismo), 13,80%. Segundo Carlos Mário Santos, se for analisado um conjunto de indicadores sócio-econômicos, ainda que de forma não sistematizada, é possível se constatar importantes dados sobre as reais condições com que Pelotas despontou no portal do século XXI. Resumidamente, ainda que sem ter passado por um processo de modernização acelerada, Pelotas chega ao século XXI com o IDH (índice medido pela relação renda-educação-saúde) de 0,816, muito próximo da média do Rio Grande do Sul, atingindo uma urbanização de 93% (em 1940, era de 64% na área urbana e 36% no meio Rural) e como a maior praça financeira do interior do Estado. O município configurou-se também num pólo regional, com 56% do comércio e da indústria regional, 41% de vendas no atacado e 45% de consumidores finais (dados do Itepa), e em um pólo político, administrativo e burocrático, com grande parte das repartições públicas federais e estaduais. Mas também a cidade não teve o processo de modernização acelerada; esteve fora do eixo das decisões políticas e tem alto índice de concentração de renda, pois os 10% mais ricos detém hoje 46,97% da renda.