Com pouco além da metade da meta do público prioritário imunizada, Prefeitura pede que pais levem os filhos para tomar a vacina

Campanha de Vacinação Contra a Gripe se encerra sexta-feira

Com pouco além da metade da meta do público prioritário imunizada, Prefeitura pede que pais levem os filhos para tomar a vacina
Por Autor desconhecido 27-05-2019 | 18:19:04
Tags: saúde , campanha de vacinação , gripe , sms

A cinco dias do fim da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, em Pelotas mais de 56 mil pessoas ainda precisam procurar uma unidade de saúde para tomar a dose da vacina. Até essa segunda-feira (27), pouco mais de 55,25% do público considerado prioritário havia sido imunizado, o que representa 69.408 usuários. A Campanha vai até o dia 31 de maio e o objetivo é atingir 95% de cobertura vacinal, o que representa 119.325 usuários de um total de 125.606 pessoas no município. Trabalhadores da saúde, crianças de seis meses a seis anos incompletos e doentes crônicos estão dentre os usuários com menor procura. 

O fato preocupa as equipes de saúde da Prefeitura, que pedem principalmente aos pais e responsáveis que levem seus filhos para serem imunizados. Pessoas com mais de 60 anos, doentes crônicos, trabalhadores da saúde, professores, gestantes, crianças de seis meses até seis anos incompletos e demais usuários incluídos no universo de vacinação podem procurar uma das UBSs do município ou o Centro de Especialidades para receber a dose.  

Segundo a chefe da Vigilância Epidemiológica da SMS, Ana Alice Maciel, muitos pais acham que quando a criança está com resfriado, coriza ou até em tratamento com antibiótico, ela não pode receber a vacina, o que não é verdade. “Ela pode fazer a imunização normalmente nesses casos. A única contraindicação é quando a pessoa, seja ela criança, adulta ou idosa, está com febre, para que esse sintoma não se confunda com uma possível reação à vacina”, explica. Nesses casos, a pessoa deve aguardar a febre passar para fazer a vacina.  

Entenda

A escolha dos grupos para vacinação segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e é baseada em estudos epidemiológicos e no comportamento das infecções respiratórias. Assim, são priorizadas as populações com maior chance de complicações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina produzida para 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem o medicamento.  

Todos os anos, a composição dos imunizantes é atualizada devido às mutações constantes do vírus influenza e nos subtipos com maior probabilidade de circular pelo país nos próximos meses. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que, nesse ano, a vacina trivalente ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos específicos protege contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza do tipo B Victoria.  

Atualização  

Os profissionais responsáveis pela vacinação estão aproveitando a oportunidade para verificar e recomendar a atualização, se necessário, da Caderneta de Vacinação de crianças e gestantes. A estratégia visa resgatar os não vacinados e aumentar a cobertura vacinal em ambos os públicos, que têm caído progressivamente.  

Vacinômetro

Crianças de 6 meses a menor de 6 anos

Público-alvo: 21.141 | Vacinados: 10.175 (47,75%)

Trabalhadores da Saúde  

Público-Alvo: 18.920 | Vacinados: 7.713 (40,77%)

Gestantes

Público-alvo: 3.194 | Vacinados: 1.706 (53,41%)

Puérperas

Público-alvo: 525 | Vacinados: 402 (76,57%)

Indígenas

Público-alvo: 72 | Vacinados: 95 (131,94%)

Idosos

Público-alvo: 49.940 | Vacinados: 31.756 (63,67%)

Comorbidades

Público-alvo: 29.254 | Vacinados: 13.411 (45,84%)

Professores  

Público-alvo: 2.560 | Vacinados: 2.029 (79,26%)

Demais públicos*

Público-alvo: -- | Vacinados: 2.121

*Policiais, funcionários do sistema prisional e apenados

Mitos e verdades*

- Posso pegar gripe após tomar a vacina?

Não. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina da gripe é feita com o vírus morto. Ou seja, não há a possibilidade dele atacar o organismo. O que normalmente acontece é que, como a vacina da gripe é aplicada durante o outono e inverno - período de maior circulação do vírus causador - é também comum que outros tipos de vírus, que não os que constam na vacina, causem a doença.

Com isso, tem-se a impressão de que foi o imunizante que levou aos sintomas, mas, na verdade, foi outro tipo de infecção. Um outro ponto é que a vacina contra a gripe, além se ser produzida por um vírus inativado, é dividida em subunidades. Ou seja, na verdade, a vacina não possui o vírus inteiro, mas sim pequenas partículas do patógeno 100% inativas. 

- A vacina está disponível gratuitamente para todos?

Não. Na rede pública, a vacina está disponível somente para pessoas em situação de maior vulnerabilidade. São elas:

  • Crianças de 6 meses a 6 anos incompletos;
  • Gestantes e puérperas (mães que deram à luz há menos de 45 dias;
  • Idosos;
  • Profissionais de saúde, professores da rede pública ou privada, portadores de doenças crônicas, povos indígenas e pessoas privadas de liberdade.
  • Portadores de doenças crônicas (HIV, por exemplo) que fazem acompanhamento pelo SUS também têm direito à vacinação gratuita; aqueles que não têm cadastro, devem apresentar prescrição médica para acesso ao imunizante.

- É preciso tomar a vacina todos os anos?

Sim. Isso acontece por dois motivos. Primeiro, porque a imunidade da vacina se mantém por um período de aproximadamente 12 meses. Segundo, porque a cada ano há vírus diferentes, que causam diferentes tipos de gripe, e a vacina é produzida a partir dos vírus que estão mais propensos a aparecer durante o período de vacinação.

- Gripe e resfriado são doenças diferentes?

Sim. Embora os sintomas sejam muito parecidos, os vírus que causam a gripe e o resfriado são diferentes. A gripe é uma doença mais grave, que causa febre alta, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta e exige mais cuidados para não evoluir para uma pneumonia. O resfriado é mais brando e dura menos tempo. 

*Fonte: Ministério da Saúde

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