A equipe da Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde (SMS) realiza durante todo o ano o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti, agente transmissor do vírus de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. No verão, por conta do calor e aumento das chuvas, o risco de proliferação das larvas do mosquito é muito maior, o que exige uma atenção redobrada da SMS e da população, que precisa cooperar para que os mosquitos não venham a se instalar no município.  

Para a realização da prevenção, a equipe, que hoje conta com 42 agentes de saúde, atua em cinco frentes: as armadilhas; os pontos estratégicos (Pes); as vistorias nas residências; a realização da Pesquisa Vetorial Especial (PVE) e o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti. (Liraa)

Armadilhas: são instalados pneus cortados com água limpa, a uma altura de 80 cm, nos pontos considerados de risco de aparição dos mosquitos Aedes vindos de fora da cidade. Geralmente são locais em que há intensa circulação de veículos, mercadorias e pessoas. Ao todo são 160 armadilhas instaladas.

Pontos estratégicos (Pes): são locais propensos ao desenvolvimento das larvas, como floriculturas, borracharias e cemitérios, que são vistoriados a cada 15 dias. São 308 Pes no município.

Vistorias nas residências: durante as vistorias é feito o Levantamento de Índice + Tratamento (LI + T), em que se verifica a existência de focos do Aedes, sendo realizado o tratamento dos focos encontrados. É muito importante que a população receba os agentes de saúde, que estarão sempre uniformizados e com crachá com nome e foto. Na dúvida e por questões de segurança o cidadão pode, se assim desejar, ligar para o número 3284-7759 e verificar a matrícula, que deve ser fornecida pelo próprio agente.  

Pesquisa Vetorial Especial (PVE): quando é encontrado um foco de larvas do Aedes, ou quando alguma pessoa aparece infectada, é feita uma PVE na área de entorno, em um raio de 150 metros. Todas as residências são vistoriadas e é verificado se não há mais pessoas apresentando sintomas das doenças de risco.  

Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (Liraa): são ações desenvolvidas nos meses de janeiro, março e novembro, quando são visitados 20% dos imóveis da cidade, escolhidos a partir de um sorteio feito por um programa de computador. O Liraa serve para medir o índice de infestação predial para o Aedes aegypti.

Para impedir que o Aedes se reproduza é importante observar algumas dicas da SMS:

*Mantenha os pneus velhos em locais coberto ou fure-os;

*Tampe os poços, os barris e outros depósitos de água;

*Mantenha as caixas d’água bem fechadas;

*Guarde as garrafas vazias com o gargalo para baixo;

*Fure e amasse as latas vazias e recipientes plásticos antes de jogá-los no lixo seco;

*Mantenha as piscinas com água limá e tratada o ano inteiro;

*Limpe as calhas, evitando acumulo de água;

*Coloque areia nos pratos dos vasos, ou então lave-os a cada três dias.  

O Laboratório de Vetores e Animais Peçonhentos da SMS, que confirma as suspeitas de larvas, agiliza o serviço de identificação e combate de focos. Em 2017 foram encontrados 37 focos de Aedes no município, no entanto todos foram eliminados, e não houve registro de nenhuma pessoa infectada.  

      O combate ao Aedes na cidade é feito desde o ano de 1999, e de lá pra cá não foram registradas ocorrências de pessoas infectadas diretamente na cidade, apenas casos de infecção importada, ou seja, de pessoas que foram picadas em outras cidades durante viagens e só apresentaram os sintomas da doença ao retornar a Pelotas.  

      Denúncias de possíveis focos de Aedes podem ser realizadas pelo telefone da ouvidoria da Prefeitura: 156.