* Com colaboração de Tânia Magalhães

Nesta terça-feira (9), a prefeita Paula Mascarenhas recebeu o cônsul-geral dos Estados Unidos da América em Porto Alegre, Shane Christensen, e a chefe da Seção de Imprensa, Educação e Cultura do Consulado norte-americano, Sarah Borenstein, para entrega do prêmio Brazilian Women Making a Difference (Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença) de 2021 à médica epidemiologista e professora emérita da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), doutora Ana Maria Baptista Menezes, devido ao trabalho e contribuição na sua área de atuação. A entrega da distinção ocorreu no Salão Nobre da Prefeitura.

Além da premiação, a pesquisadora pelotense também recebeu uma placa do Município, associada à homenagem do Consulado estadunidense, que foi entregue por Paula. A gestora frisou o quanto Pelotas se sente honrada por ter uma cidadã como a professora Ana Menezes, considerada um exemplo de inspiração, força e solidariedade, uma vez que sua pesquisa dentro da UFPel e do grupo Epicovid19-BR - primeiro, no Brasil, a estudar o curso do sars-cov-2 - contribuiu para o combate à pandemia. A importância da ciência, responsável por trazer luz em momentos difíceis, como esse da crise sanitária, e o trabalho realizado pelo Centro de Epidemiologia da Universidade também foram destacados. 

“A doutora Ana representa a cidade de Pelotas e é um orgulho vermos uma pelotense sendo reconhecida pelos Estados Unidos. Isso mostra como a nossa cidade é celeiro nas mais diversas áreas, mas, mais ainda, na ciência e na produção de conhecimento. Esse prêmio é, também, uma homenagem a todas as mulheres que, no período da pandemia da Covid-19, estiveram à frente e fizeram a diferença”, afirmou a chefe do Executivo municipal.

Foto: Gustavo Vara

O prêmio Brazilian Women Making a Difference, na visão da professora e pesquisadora homenageada, promove a igualdade de gênero. Ana Menezes agradeceu a distinção recebida e comentou sobre seu estudo sobre o coronavírus, inédito no Brasil por ser uma grande pesquisa sobre uma doença ainda, na época, desconhecida. “Agradeço ao grupo Epicovid19-BR por me deixar participar dessa caminhada. Tivemos coragem, trabalhamos muito e avançamos no conhecimento. Aqui, presto minha homenagem a todos que se dedicam a enfrentar essa pandemia. Ainda que ela esteja à espreita, estamos convictos que vamos vencê-la”, completou.

"A doutora Ana Maria Menezes representa inspiração para gaúchos, brasileiros e, também, para nós dos Estados Unidos. Ela representa, aqui, toda a comunidade científica, através da sua pesquisa, que contribuiu para o controle da pandemia. Nesse contexto, estamos honrados em homenageá-la”, defendeu Shane Christensen.

Também estiveram presentes na cerimônia o vice-prefeito Idemar Barz, o secretário estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Luiz Henrique Viana, a vice-reitora da UFPel, Úrsula Rosa da Silva - representando a reitora Isabela Andrade -, e o pró-reitor de Pesquisa e Graduação da instituição federal, Flávio de Marco, o assessor especial de Relações Institucionais da Prefeitura de Pelotas, Henrique Pires, a secretária municipal de Saúde, Roberta Paganini, e o diretor do Theatro Sete de Abril, Giorgio Ronna.  

Mulheres brasileiras que fazem a diferença

O prêmio em questão foi instituído pela Embaixada e consulados dos Estados Unidos no Brasil, em reconhecimento a mulheres que desenvolvem atuação marcante em diversas áreas e, consequentemente, se destacam com suas contribuições à humanidade. Sete foram premiadas. Dentre elas, a epidemiologista da UFPel recebeu a homenagem devido a dedicação, profissionalismo e avanços em pesquisa da Covid-19.

Ana Maria Baptista Menezes é autora de mais de 400 artigos publicados e integra a equipe Epicovid19-BR, primeiro estudo brasileiro que analisa e acompanha o desenvolvimento da pandemia no Brasil, sob coordenação da UFPel e apoio de mais 12 universidades e do governo gaúcho, com replicação em 12 cidades de todos os estados da federação. Anteriormente, seu trabalho na área de doenças pulmonares, em particular, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), contribuiu para a criação da legislação de antitabagismo.